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PESQUISA: 44% dos brasileiros se masturbam até três vezes por semana

A terapeuta Luísa recomenda que a prática seja realizada em um local onde haja equilíbrio físico e emocional

Ainda de acordo com o levantamento, 25,2% masturbam-se de quatro a seis vezes por semana, e 19% recorrem ao alívio individual sete ou mais vezes. Apenas 11,8% dos entrevistados afirmam não recorrer a esse tipo de estimulação.

A masturbação é um aspecto saudável da vida sexual, desde que não atrapalhe a pessoa a ter uma vida equilibrada, aponta a terapeuta sexual Luísa Miranda. “Ela é necessária para nos conhecermos melhor sexualmente, contudo, se feita em excesso, pode gerar uma barreira entre o casal, visto que a pessoa tende a se condicionar a ter prazer apenas com estímulos específicos”, explica.

A educadora sexual Karol Rabelo aponta que, socialmente, a masturbação ainda é vista como uma prática suja e pecaminosa. “Muita gente tem o bloqueio de não se tocar, mesmo sem o cunho religioso. A pessoa não consegue porque existe essa ideia enraizada, de que a masturbação é algo errado ou proibido”, aponta.

Ela defende que o ato é necessário para entender as reações do corpo e estimular prazer, indo além de tocar a genitália, e afirma ser comum as pessoas explorarem mais as partes externas do corpo. “Quando se tocam, ainda é muito externo, porque as pessoas têm receio e até aversão a introduzir os dedos (parte mais utilizada na masturbação). Ainda assim, essa exploração é saudável”, opina.

A masturbação também é um processo importante para ajudar os parceiros a descobrirem como se excitar, pois esse resultado é mais fácil quando a pessoa sabe do que gosta, ensina Karol.

De acordo com a educadora, é difícil avaliar em que ponto a masturbação deixa de ser saudável. “Tem gente que pratica todo dia e é natural, quase uma exigência do corpo. Claro que, se atrapalha a rotina da pessoa, vira uma compulsão. Quando a pessoa não consegue disfarçar a necessidade de se masturbar para se aliviar, pode ser considerado exagero”, pondera.

Karol ainda acrescenta que é possível traumas psicológicos desenvolverem distúrbios sexuais, mas sentir excitação todos os dias e, consequentemente, masturbar-se, não é causa para preocupação.

A terapeuta Luísa recomenda que a prática seja realizada em um local onde haja equilíbrio físico e emocional. Ainda, caso a pessoa faça uso de brinquedos eróticos, deve lembrar de guardá-los adequadamente.

“Também é importante higienizar esses objetos antes e depois do uso, dependendo da frequência. Particularmente, acho a utilização de camisinha interessante também, principalmente se o mesmo brinquedo for utilizado para estimulação anal”, recomenda.

Fonte: Metropoles
Créditos: Metropoles