Mostraram-se levianos e oportunistas ao pensarem que podem agir acima da lei quando almejam um cargo

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A primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, usou as redes sociais para comentar o recente episódio em que um vídeo de discussão dela com o marido, o governador Ricardo Coutinho (PSB) vazou e passou a ser distribuído através do WhatsApp. No texto publicado no Facebook, a jornalista diz estar sendo alvo de maledicência e promete processar os envolvidos, sem citar nomes. Extraoficialmente, comenta-se que a gravação havia sido compartilhada com uma amiga que teria levado-a ao conhecimento de terceiros.

“Tendo em vista os últimos acontecimentos, processos judiciais, cíveis e criminais estão sendo movidos para que todos os responsáveis pelas injúrias sejam punidos por cada violação de direitos constitucionais”, diz Pâmela em seu desabafo, que você pode conferir, na íntegra, a seguir:

Estarrecida com um cenário eleitoreiro perverso, venho a público expressar minha profunda indignação pela tamanha maledicência com que têm nos golpeado. Sim, acima de posicionamentos partidários, o que está em questão é o desrespeito principalmente a uma instituição que representa a base social: a família.

Estou aqui movida por uma perplexidade inexplicável e instigada pelo mais profundo sentimento de injustiça diante de tantos fatos graves que têm acontecido na busca desenfreada pelo poder, entre eles, a infâmia e o atentado violento à privacidade, um direito salvaguardado pela Constituição. Com muita dificuldade, tentei manter certo distanciamento dos embates entre os candidatos às eleições a fim de me preservar enquanto cidadã e jornalista, tendo mantido o foco no desempenho dos meus misteres, incluindo o voluntariado ou os trabalhos na função de primeira-dama do Estado. Mas não pude continuar alheia às questões políticas em que fui inserida e ainda envolveram o nosso filho, numa ação orquestrada com uso de calúnias ou de assuntos estritamente pessoais em campanha eleitoral.

A quem pode interessar criar ou expor crise familiar de forma indiscriminada? A resposta é óbvia. Se o objetivo foi desviar de uma repercussão anterior, provou-se apenas que não medem esforços para atingir determinado fim, utilizando até meios sórdidos como a divulgação de mídia privada. A quem pode interessar a criação de factóides sem qualquer consistência lógica? Como e quem pode ser responsabilizado? Ser fonte pagadora de blogueiros e colunistas que disseminaram a maldade já comprova a intenção da ação vil, que ainda possui o agravante de deslocar a vítima à condição de algoz num desvirtuamento da verdade e numa atitude covarde ao se aproveitar desse tipo de situação, demonstrando ausência de qualquer sentimento de comiseração. Independente de motivações, trata-se de prática reprovável em todos os contextos, uma subestimação ao senso crítico comum, à inteligência coletiva.

Assim, tendo em vista os últimos acontecimentos, processos judiciais, cíveis e criminais estão sendo movidos para que todos os responsáveis pelas injúrias sejam punidos por cada violação de direitos constitucionais.

Mostraram-se levianos e oportunistas ao pensarem que podem agir acima da lei quando almejam um cargo. Quem se dispõe a uma atividade pública deve prezar, ao menos, a unidade básica da sociedade. Considero isso coisa de menino, ou melhor, de moleque – deixem as brincadeiras para as crianças, não se brinca com a vida de alguém. Aliás, não há como ponderar em aceitar algo tão inescrupuloso. Que os confrontos sejam sobre uma realidade ou temas relevantes a todos. Se pensaram que, com isso, iriam ganhar votos, acabaram perdendo também o respeito de eleitores conscientes.

Enquanto acham que podem falar pelo anseio de outrem, ao alegarem que “confiam na vontade soberana do povo”, eu prefiro dizer que confio na percepção e julgo do povo e na justiça soberana de Deus. Que Ele tenha misericórdia de quem ataca sorrateiramente um inocente ou uma família com propósito desprezível.

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