Ou Cássio desfaz e busca desconstruir ou pode enfrentar problemas.

Números do Ibope: causas e efeitos

POR WALTER SANTOS

C X R

A redução da diferença entre o candidato Cássio Cunha Lima e o candidato Ricardo Coutinho para 5% chamou a atenção do meio político e dos observadores visando entender o que pode estar por trás dessa condição. De acordo com pesquisa Ibope contratada pela TV Cabo Branco, se as eleições fossem hoje, Cássio, da coligação “A Vontade do Povo”, teria 42% das intenções de voto, cinco pontos percentuais acima do governador Ricardo Coutinho (PSB), postulante à reeleição pela coligação “A Força do Trabalho”, que obteve 37%.

O senador Vital do Rêgo Filho (PMDB), da coligação “Renovação de Verdade”, registraria 4% das intenções de voto. Major Fábio (Pros) teve 1%; Antônio Radical (PSTU) e Tárcio Teixeira (PSOL) somarão juntos 1%. Votos Brancos representaram 9% na pesquisa, enquanto que votos nulos somaram 6%.

Com base nestes números, a projeção de segundo turno se faz evidente porque a soma de RC mais Vital e os Nanicos encostaria nos números de Cássio.

DADOS PARA EXAME

Na questão de causa e efeito, o que poderia estar em processo vigente capaz de gerar a redução da diferença, já que Cássio se mantém lider das intenções de voto, mesmo com leve queda proporcionalmente ao que cresceu seu principal oponente?

A Coluna/Blog tem chamado a atenção para o crescimento de volume da campanha de RC há algumas semanas na cidade de João Pessoa com visível expansão da estrutura com tudo o que se sabe ser provocar de voto às vésperas de uma disputa acirrada.

Neste sentido, nota-se que até agora a candidatura de Cássio não “invadiu” à altura os bairros da Capital para fazer contra – ponto ao esquema de situação, sobretudo, depois do apoio do prefeito Luciano Cartaxo dando gás diante de duas máquinas poderosas (Governo e Prefeitura) o reforço que anotou crescimento das intenções.

QUALITATIVA

Esse componente é tão forte que, enfim, a publicidade de Cássio passou a expor ações dele quando governador e mais recentemente pontuando ainda propostas nas diversas áreas da Capital repercutindo ainda na Grande João Pessoa com obras estruturantes que surgem para sensibilizar o eleitor.

CONTRA-PONTO DE RC

O candidato à reeleição ocupou o horário eleitoral para se apresentar produzindo ações e, no quesito estocado, quis responsabilizar o ex-governador Cássio do problema de Camará e, ato contínuo, ele surgindo como quem está refazendo.

É este componente que as análises feitas permitem identificar que este estigma de trabalho tem grudado na imagem do governador, agora na campanha bem elaborada, mais do que quando passou o tempo inteiro nos quatro anos divulgando sem criar essa condição.

Ou Cássio desfaz ou busca desconstruir ou pode enfrentar problemas.

SAIDAS

A campanha tucana para se fazer competitiva na Capital precisa refazer a ocupação territorial buscando meios (este o problema) capaz de enfrentar as duas máquinas, abrir mais os espaços para outros nomes e figuras capazes de contribuir no estancamento da realidade e dividir louros além da própria equipe de antigas lutas.

Precisa, sobretudo, ficar confiante na vitória sem renovar o suor porque “salto alto” é sempre um grande perigo.

Pelos dados levantados, pessoas como Nonato Bandeira – por exemplo, sabedor como poucos das antimanhas do governador não participa de reuniões e espaços capaz de opinar e gerar alternativas.

Em síntese, a batalha está em João Pessoa.

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