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OPERAÇÃO CALVÁRIO: Gaeco apura desvios de recursos na Cruz Vermelha

Em João Pessoa um mandado de prisão é cumprido, onde a Cruz Vermelha viria sacando “milhões de reais desde 2011, quando foi instaurada na Paraíba”.

Uma operação conjunta entre o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre, na manhã desta sexta-feira (14), um mandado de prisão em João Pessoa, na Paraíba, durante operação para desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais.
A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão de reais em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da Federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.

A estimativa, no entanto, é inferior ao valor real do dano causado ao patrimônio público, já que só foram computadas as despesas da CVB-RS com uma pequena parcela de fornecedores que prestam serviços em unidades de saúde do município e do Rio de Janeiro, não alcançando os desvios de recursos públicos decorrentes da atuação da organização criminosa na Paraíba, que vem conseguindo centenas de milhões de reais desde o ano de 2011.

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Calvário também cumpre mandados no estado do Rio de Janeiro e de Goiás. Segundo as investigações, o grupo também desviava recursos do Órgão Central da Cruz Vermelha Brasileira, da filial em Sergipe e do Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP).

De acordo com o Ministério Público, a organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira é comandada por Daniel Gomes da Silva, ex-dirigente de uma empresa de ambulâncias, que já possui uma condenação criminal em primeira instância, pelo crime de peculato, por um contrato com valores superfaturados para o serviço de manutenção de ambulâncias à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Além de desviar recursos públicos, a organização criminosa ainda se apropriou indevidamente de recursos privados que haviam sido confiados ao órgão central da Cruz Vermelha Brasileira, depois sucedida pela filial da CVB em Sergipe, por uma empresa multinacional, para gestão de projeto de recuperação de acidente ambiental ocorrido no município de Barcarena, no Pará.

Fonte: G1
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