O governo Ricardo acompanha e traça estratégias para dar o bote nos “indecisos - Por Laerte Cerqueira

s feridas das eleições ainda estão expostas, as alianças ainda estão impregnadas de declarações de fidelidade e confiança. Por isso, é prematuro dizer como os integrantes das bases da AL vão se movimentar ano que vem. O fato é que ser governo é muito mais fácil e, tradicionalmente, na hora que o jogo é pra valer, é para lá que a maioria vai. Ou pelo menos iria, em outros tempos. Alguns parlamentares se manifestaram esta semana para deixar claro que não vão mudar de posição, facilmente. Não serão massa de manobra, nem alimentarão a incoerência. Outros silenciaram.

ricardo4

Governo ou oposição? ( Do Jornal da Paraíba) As feridas das eleições ainda estão expostas, as alianças ainda estão impregnadas de declarações de fidelidade e confiança. Por isso, é prematuro dizer como os integrantes das bases da AL vão se movimentar ano que vem. O fato é que ser governo é muito mais fácil e, tradicionalmente, na hora que o jogo é pra valer, é para lá que a maioria vai. Ou pelo menos iria, em outros tempos. Alguns parlamentares se manifestaram esta semana para deixar claro que não vão mudar de posição, facilmente. Não serão massa de manobra, nem alimentarão a incoerência. Outros silenciaram.

Frei Anastácio (PT) tratou logo de acabar com as especulações. Disse que seu partido é da base, agora, mas isso não significa que ele seguirá as decisões do Palácio da Redenção. É de se esperar. Essa sempre foi a postura do Frei, que vai com o governo se entre os dois não tiver nenhum conflito com seus ideais. No caso de Raniery Paulino (PMDB) há sem dúvida uma tendência de aproximação com o governo. Sempre foi um deputado moderado e não deve empacar com coisas pequenas para fazer uma oposição dura. É um “homem de partido” e sua legenda, sua família está com RC.
Outro que resolveu estancar logo os boatos foi José Aldemir. Na tribuna, com direito a registro taquigráfico, ele descartou qualquer possibilidade de reaproximação com o esquema governista “Vou fazer cumprir minha missão, delegada pela população, de fazer oposição ao governo”, declarou o deputado sertanejo. Disse que vai fazer uma oposição responsável, respeitosa, porém aguerrida.
Quem também não quer que paire dúvida sobre a sua posição é o deputado estadual eleito Renato Gadelha (PSC). Em contato com a coluna, disse que não procede “os boatos” de que em 2015 poderia ser da base governista. “Digo aos que não me conhecem que este perfil de adesista não cabe em mim, e que não irei ser pautado por boatos anônimos”, rebateu Renato. Registrou ainda que na história da família dele não há duvidas e incertezas. “Somos leais aos princípios democráticos onde convivem oposição e situação, a alternância do poder e respeito à decisão soberana das urnas”, concluiu. Ao menos esses já se pronunciaram. O governo acompanha e traça estratégias para dar o bote nos “indecisos”. Certo tem uns 15, precisa de mais quatro fiéis.

 

Na rua
Nonono nono nonononoO dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rodrigo Soares, foi para ruas de João Pessoa, ontem, agradecer a votação da presidente Dilma Rousseff na PB.

Agradecimento
Também agradeceu a votação na candidatura a deputado estadual. “Podemos olhar ao nosso lado e afirmar que somos 19.902 sonhadores… muito obrigado e um até logo, a luta continua, sempre!”


Bloqueio do tráfego

O vereador Raoni Mendes (PDT) protocolou, ontem, um pedido de interdição e bloqueio no tráfego na avenida perto da barreira do Cabo Branco. O documento é direcionado ao prefeito, Luciano Cartaxo, mas foi recebido pela Defesa Civil. O vereador pediu acompanhamento da Promotoria do Meio Ambiente. A situação é crítica porque a erosão já se aproxima da avenida do mirante, onde ainda param ônibus e passam carros grandes.
Avaliação
O coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela, informou que vai ao local com um representante da Semob para avaliar a situação.

LOA
O TJ pediu a suspensão da tramitação da LOA – Lei Orçamentária Anual, esta semana. A alegação é de que o Poder Executivo não respeitou a previsão orçamentária dos outros poderes.

Dúvidas
Mas algumas questões precisam ser esclarecidas. Foi o governo que cortou demais? Ou são os poderes e as instituições como MPE, Defensoria e TCE que estão pedindo demais? Vamos descobrir.

Parecida
O Governo Federal também cortou a proposta orçamentária do judiciário brasileiro e, lá em Brasília, a situação é parecida. O STF determinou que o Congresso analise a peça.

Redução
A proposta de um salário de R$ 35 mil reais para juízes e MP, feita pelo STJ, foi reduzida para pouco mais de R$ 30 mil pelo Executivo.

Em cadeia
As modificações feitas pelo governo devem pela lei ser realizadas pelos parlamentares e não pela presidente. Lembrando que se o salário de “um” aumentar, aumenta o de todos.

Sentimentos
Nossos sentimentos à família o ex-vereador João Cabral Batista. Ele chegou a comandar a Prefeitura da Capital por nove meses e foi o primeiro vereador do PC do B da capital.

Coqueiros
Cabral Batista morreu aos 92 anos e foi um dos responsáveis por um pouco das paisagens de JP, entre elas os coqueiros da praia de Tambaú.