Nivelando por baixo

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Marcos Tavares

Partido no Brasil não é coisa séria. Até já foi. No tempo do PSD e UDN nascia-se e morria-se numa mesma legenda sem essa de estar pulando de galho em galho qual macaco vitaminado. Hoje, com a abundância de legendas, poucos eleitores sabem em qual partido votaram, pois a escolha é mais de nomes do que de legendas ou programas, aliás, programas semelhantes que englobam num mesmo horizonte desse a finada Arena até o PC do B. Todos querem a mesma coisa e poucos fazem alguma coisa.

Estados Unidos e Inglaterra, com democracias muito mais sólidas que a nossa, convivem tranquilamente com dois partidos principais e nem por isso são menos democráticos. Aqui, depois dos anos de chumbo, tomou-se um verdadeiro porre de democracia e cada qual fez a sua legenda onde abrigar seus sonhos e pretensões. O resultado é que não temos partidos fortes e com isso não temos Governos fortes, todos dependem do humor do Legislativo, de Dilma até o Prefeito de Carrapateira.

Vivemos num parlamentarismo não declarado, onde o Executivo tem de fazer ginástica para governar.
O Congresso tenta tardiamente acabar essa farra partidária e impedir o troca-troca de legendas, em tudo nocivo à democracia. Não há de ser nada. Dia desses, esse próprio Congresso legisla novamente abrindo brechas por onde os partidos possam se misturar, os políticos possam transitar livremente e o país continua essa parafernália de siglas, cada uma menos valorosa que a outra.

Denúncia

Em entrevista ao jornalista Luiz Torres, o juiz Edvaldo Albuquerque não se defendeu. Ao contrário, limitou-se a acusar outros componentes do judiciário, como juízes e parentes de desembargadores.
Isso exige da Justiça paraibana uma resposta célere e efetiva, desmentindo ou confirmando o que disse o magistrado envolvido na subtração de multas destinadas aos autores das ações.

Silenciar diante dessas acusações é grave, até mesmo por que o juiz implicado deverá repeti-las num fórum competente, forçando, assim, sua investigação. Tudo em nome da lisura.

Aprendiz

O vice-prefeito Nonato Bandeira, depois de uma meteórica carreira que o introduziu na política, sofre os reveses típicos de iniciantes.

Sobrou nessa composição de legendas que envolve seu partido e parece não tem a voz esperada na atual administração municipal, o que pode fazê-lo estancar no início da corrida.

Miudezas

Fala-se muito em Copa, obras estruturantes, mega projetos, mas esquecem as miudezas que incomodam.

Ao primeiro sinal de chuva, Beira-Rio e Lagoa ficam intransitáveis.

Tempo

A transposição das águas do Rio São Francisco estava prevista para ser entregue no ano de 2012.

Sai Lula, entra Dilma e o prazo é prorrogado para 2015. E com sérias dúvidas sobre a veracidade dessa data.

Veraneio

Nada menos que nove vereadores da atual legislatura da Câmara Municipal de Campina Grande pretendem disputar a eleição para deputado.

A atração do mar é irresistível.

Fichado

Com ficha suja e condenado pela justiça, mesmo assim, o ex-prefeito Carlos Antônio continua secretário.

E a gente pergunta: a Lei não vale para quem tem prestigio?

Difícil

Além de todas as dificuldades eleitorais, Marina Silva defronta-se agora com as vedações que o Congresso estabeleceu para novos partidos.

É a ecologia contra a burocracia.

Inflação

O ex-Mailson Nóbrega fez um documentário sobre a inflação.

Pense numa área onde ele é perito!

Frases…

Limpeza – Dinheiro sujo compra reputações limpas.

Dever – A vida é tão obrigatória como a morte.

Despertar – O pior dos sonhos é que eles acabam.