Marcos Tavares

Se Ricardo pretende mesmo candidatar-se à reeleição e não fornecer à oposição um discurso positivo, ele precisa imediatamente rever toda a questão da segurança pública do Estado. Promessa de campanha até hoje não cumprida, o combate à violência vem evidenciando uma total perda de controle do Estado sobre os marginais e um recrudescimento de crimes em todas as áreas que são impossíveis de maquiar. Não adiantam propagandas e declarações do senhor secretário, se elas não batem com a realidade, e o paraibano se confronta diariamente com um verdadeiro estado de guerra estabelecido na Paraíba.

Não é uma questão só do governo, apesar de que ele é o condutor desse fio. Bancos, transportadoras, bares e todos os locais de uso coletivo precisam investir mais na segurança, pois está provado que as polícias não têm efetivo nem capacidade para combatê-la. Diariamente assaltos a caixas eletrônicos, crimes bárbaros, sequestros e desaparecimentos nunca resolvidos ou resolvidos da pior maneira. É uma luta para a qual o governo deve chamar a sociedade, mas sempre tendo em mente que garantir a segurança é dever seu e que tudo o mais são aparatos agregados que só funcionam se o Estado funcionar bem.

A prefeitura poderia fazer algo real, como por exemplo, iluminar as ruas, o que surtiria mais efeito do que sua capenga Secretaria de Segurança que nem sede tem. Não podemos mais viver de discursos, a realidade exige medidas urgentes e fortes para salvaguarda de uma sociedade manietada pelo medo, violada em seus princípios mais fundamentais que hoje em casa se esconde dos marginais que dominam o Estado sem temer a fraca ação policial nem se impressionar com as estatísticas falaciosas que apontam diminuição na violência.


Decisivo
Um fato inusitado acontece na política da Paraíba. Candidatos ao governo nas próximas eleições existem dezenas. Além do próprio Ricardo, já acenaram com a candidatura Veneziano, Aguinaldo Ribeiro e até o Major Fábio.
Entretanto, um político que diz e reafirma que não disputará a eleição aparece como o fiel da balança. O senador Cássio Cunha Lima é quem tem as chaves do Redenção para a próxima temporada, mesmo sem postular o cargo.
A decisão de Cássio, ficando neutro ou se candidatando, mantendo ou não a aliança com Ricardo, é quem na verdade vai decidir o rumo dessas próximas eleições.


Aliados

Noviço em cargos de gestão, o prefeito Luciano Cartaxo depara-se pela primeira vez com a convivência difícil no Poder Legislativo. Sua proposta de reduzir os descontos para o pagamento de dívidas de cartórios foi rejeitada na Câmara com apoio do que ele chama sua bancada.
Uma primeira lição que Cartaxo deve aprender. Não se conta com os amigos quando a situação implica outros interesses e a velha máxima do “é dando que se recebe” é quem rege as relações entre os dois poderes.
Queira ele ou não.
Culinária
Vem por aí o novo Enem, uma excelente oportunidade para os amantes da gastronomia aprenderem novas receitas.
Na última prova, o Miojo fez sucesso.

 

Acuado
O PT continua acuando Agra para que ele entre na legenda, mas sem as condições ideais que ele precisa, ou seja, indo logo para uma cabeça de chapa.
Ele precisa da bênção de Cartaxo, que hoje é o grande nome da legenda depois de se sagrar prefeito.

Pancadas
E seus aliados não facilitam nada. A ex-secretária Roseana Meira fustiga sem dó nem piedade o atual prefeito, e, como ela é uma espécie de álter ego de Agra, fica difícil ele pavimentar uma estrada de flores no PT.

Silêncio
Santino não fala, mas presta muita atenção. Mesmo assim cometeu a gafe de não juntar-se ao grupo de trabalho que estudava a situação dos deficientes.
Afinal ele foi eleito com esse discurso.

Noia
A nossa brava AETC, que controla os transportes, avisa que o povo não deve ter paranoia pelos assaltos a ônibus.
Como não ter noia? Foram nada menos que 165 assaltos só este ano.

Migrantes
Uma quadrilha do Sul do país foi presa quando tentava assaltar uma agência bancária em Bayeux. A notícia de um aparato policial ineficiente corre ligeiro na marginália

 

Frases…
Visão – A Justiça é cega e a polícia é míope.
Ouvintes – Uma injustiça clara. Bethoven ficar surdo e Bruno e Marrone ouvirem.
Dominical – Na segunda, Deus não ouve nem o Papa.