quatro microtransmissores wireless

PF: Gravadores apreendidos em cofre de dono da Compecc durante "Operação Irerês" sugerem que empresário grampeava agentes políticos - VEJA DOCUMENTO

Para aumentar o mistério sobre o conteúdo dos gravadores, eles não estavam em uma gaveta comum em um escritório, mas em um cofre protegido por vários segredos. Além dos dispositivos portáteis, Eduardo Ribeiro Victor tinha dois gravadores convencionais também no cofre.

Caso Lagoa: gravadores apreendidos em cofre de dono da Compecc durante Operação Irerês sugerem que empresário grampeava agentes da PMJP

Uma análise cuidadosa no memorial descritivo de bens apreendidos pela Polícia Federal na residência do dono da construtora Compecc, Eduardo Ribeiro Victor, trouxe à tona elementos que tem potencial de causar fortes dores de cabeça no prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), e seus auxiliares.

Para quem não se lembra, a Compecc está no olho do tornado das investigações policiais sobre indícios de superfaturamento e fraudes em licitações na Obra da Lagoa. A empresa foi a responsável pelas obras e, após operação da PF no ano passado, denominada Operação Irerês, sofreu uma devassa e seus proprietários tiveram que prestar esclarecimentos e abrir a “caixa preta” da obra que custou R$ 37 milhões sendo que, de acordo com relatório da Controladoria Geral da União (CGU), R$ 6,4 milhões de superfaturamento e, consequentemente, prejuízo ao erário.

Entre os vários objetos apreendidos na sede da empresa de Eduardo Ribeiro Victor, se destacam quatro microtransmissores wireless, que são gravadores portáteis e compactos. Para aumentar o mistério sobre o conteúdo dos gravadores, eles não estavam em uma gaveta comum em um escritório, mas em um cofre protegido por vários segredos. Além dos dispositivos portáteis, Eduardo Ribeiro Victor tinha dois gravadores convencionais também no cofre.

O que Eduardo gravava com o seu vasto material de captação sonora? Quais garantias ele queria ter ao gravar diálogos com pessoas? Ele tinha ciência, em algum momento, de ilicitudes que estavam sendo cometidas? Quem foram as pessoas que foram gravadas pelo srº Eduardo? Ele tinha receio de “pagar o pato” sozinho? No Brasil, tem sido comum empresários guardarem documentos e gravações para posteriormente negociarem delações premiadas. Será que Eduardo foi surpreendido pela PF antes de poder usar o recurso da colaboração premiada?

São perguntas cujas as respostas podem vir à tona em breve. A Oposição ao prefeito na Câmara Municipal de João Pessoa, por exemplo, garante ter novos fatos e documentos que comprometeriam ainda mais Cartaxo no escândalo policial que se tornou a obra da Lagoa. De qualquer maneira, com o avanço das investigações da Polícia Federal, é inevitável que a verdade apareça em breve

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Uma fonte de lá, inclusive, garante ao Blog que o conteúdo das gravações estão recheadas de nitroglicerina, com poder de implodir e destruir muita gente.

Fonte: http://blogdodiegolima.com.br/2018/02/23/caso-lagoa-gravadores-apreendidos-em-cofre-de-dono-da-compecc-durante-operacao-ireres-sugerem-que-empresario-grampeava-agentes-da-pmjp/
Créditos: diego lima