Dois filhos estão também presos

FRAUDE NO IPM: Operação Parcela Débito já prendeu dezenove e tem um foragido

Dos três ex-mandatários do Instituto, dois estão presos no curso da operação Parcela Débito, desencadeada nesta quinta-feira (24). Trata-se de Cristiano Henrique Souto e Moacir Tenório. O outro, o ex-vereador Pedro Alberto Coutinho, faleceu em maio deste ano. Durante entrevista coletiva, o controlador-geral do Município, Severino Queiroz, explicou que a operação compreende as irregularidades que teriam ocorrido de 2012 para cá. Ele, no entanto, admitiu existir indícios de irregularidades desde 2008 ou ainda antes disso. Dois filhos de um ex-superintendente também estão entre os presos.

A participação de todos os ex-superintendentes do Instituto de Previdência de João Pessoa (IPM) em esquema de desvio de recursos públicos sera investigada pelo Ministério Público e Polícia Civil. Nesta quinta-feira (24), 19 pessoas foram presas durante a operação ‘Parcela Débito’ suspeitas de desvio superior a R$ 25 milhões.

Conforme o promotor do Gaeco, Octávio Paulo Neto, a ação desencadeada hoje é relativa ao período de 2012 a 2016, no entanto, existe a suspeita de que o esquema criminoso funcionava há vários anos.

Dos três ex-mandatários do Instituto, um está preso e outro foi conduzido coercitivamente no curso da operação Parcela Débito, desencadeada nesta quinta-feira (24). Trata-se de Cristiano Henrique Souto e Moacir Tenório. O outro, o ex-vereador Pedro Alberto Coutinho, faleceu em maio deste ano. Durante entrevista coletiva, o controlador-geral do Município, Severino Queiroz, explicou que a operação compreende as irregularidades que teriam ocorrido de 2012 para cá. Ele, no entanto, admitiu existir indícios de irregularidades desde 2008 ou ainda antes disso. Dois filhos de um ex-superintendente também estão entre os presos.

A cronologia no comando do IPM, órgão sempre disputado pelos políticos, mostra que o cargo foi comandado por Pedro Alberto Coutinho de 2008 a 2012, quado ele saiu, em abril, para disputar a reeleição para o cargo de vereador. No lugar dele, assumiu Cristiano Souto, que esquentou o lugar até dezembro do mesmo ano.

A partir de 2013, já reeleito, Pedro Coutinho voltou ao cargo e ficou até abril de 2016, novamente para disputar a reeleição. No lugar dele assumiu Moacir Tenório, que ficou até dezembro de 2016. Não houve retorno de Coutinho para o cargo no início deste ano. Os três se revezaram no comando do cargo nos governos de Ricardo Coutinho (PSB), Luciano Agra (já falecido) e Luciano Cartaxo (PSD, atual prefeito).

Ao todo, de acordo com o delegado Alan Murilo Terruel, dos 20 mandados de prisão autorizados pelo juiz da 6ª Vara Criminal de João Pessoa, 19 foram cumpridos. Os nomes não foram revelados pela autoridade policial. O coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, disse que o caso segue em segredo de justiça, por isso, os nomes dos presos e dos conduzidos coercitivamente não serão revelados revelados até o levantamento do sigilo. O blog apurou, no entanto, que foi presa Verônica Gadelha Veloso Guedes, chefe da Seção de Folha de Benefício na empresa IPM – Instituto de Previdência do Município.

Esquema

De acordo com as explicações dadas por Octávio Paulo Neto e Severino Queiroz, todo o esquema passava pela Diretoria de Tecnologia do instituto. Cabia a ela introduzir benefícios irregulares nos contra-cheques dos pensionistas, porém, o dinheiro a mais não chegava ao seu destino. A ordem de pagamento seguia com o valor correto para o beneficiário e o restante era desviado para contas específicas, de pessoas que integravam o esquema. Pelo menos 13 das 20 das pessoas com mandado de prisão expedidos são servidores efetivos da prefeitura.

O controlador-geral do município, Severino Queiroz, considerou o esquema “uma coisa do gênio do mal”. A maior parte da fraude ocorria no setor de Tecnologia da Informação.

Conforme as investigações, alguns servidores eram coniventes com a prática e outros não sabiam. “Prestadores de serviço, comissionados e servidores efetivos estão envolvidos estavam envolvidos nas irregularidades”, explicou o controlador.

Uma equipe formada por 10 promotores, 10 delegados e 10 escrivães coletam os depoimentos dos suspeitos presos e dos conduzidos coercitivamente. Algumas já colaboraram com as investigações e confessaram o crime.

Fonte: Mais PB e http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/suetoni/