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'EM CABEDELO, SÓ ENSOPADO': Dono do Manaíra Shopping colabora com Operação Xeque Mate e não tem interesses com prefeitura

Fazendo parte da Operação Cheque-Mate a Polícia Federal está na casa do empresário Roberto Santiago proprietário do Shopping Manaira. ( foto).

Segundo o advogado Marcos Pires, o empresário está colaborando com as investigações: “Não o estou representando formalmente, fui até a casa dele como amigo da família, que sou há mais de 25 anos. Ele está colaborando com tudo. Pediram uns documentos e um computador e ele entregou de boa vontade.

Sobre o envolvimento de Roberto Santiago com a prefeitura de Cabedelo, Marcos brincou: “Eu o conheço, em Cabedelo ele só quer o ensopado de caranguejo”.

Operação Xeque-Mate

A Polícia Federal, em ação conjunta com o MPPB (GAECO), deflagrou nessa manhã (3) a operação Xeque-Mate com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo/PB, no âmbito dos poderes executivo e legislativo municipal.

Participam da operação cerca de 200 policiais federais. Serão cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito Leto Viana e o vice-prefeito de Cabedelo Flávio Oliveira , e o presidente da Câmara Municipal.

XEQUE-MATE: Polícia Federal prende o prefeito Leto Viana o vice Flávio Oliveira e mais 10 pessoas em Cabedelo

 

Durante as investigações, ficou comprovado a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda. Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de 10 milhões de reais à margem do sistema financeiro oficial.
Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$20.000 e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais.

Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba