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‘É uma flexibilização limitada’, diz Sérgio Moro sobre decreto das armas

Para ele, o fato de o texto ter recebido críticas tanto de pessoas que eram contra o decreto quanto das que eram favoráveis, foi um sinal de que a possibilidade de o cidadão guardar o equipamento em casa foi flexível.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Fernando Moro, assume o cargo durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação dos antecessores da Justiça, Torquato Jardim, e da Segurança Pública, Raul Jungmann.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública Sérgio Moro afirmou na noite desta terça-feira (16) que o decreto que facilita a posse de armas, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), oferece uma ‘flexibilização limitada’ do acesso da população ao armamento. Moro foi sabatinado pelo Jornal das Dez, da GloboNews.

De acordo com o ministro, a política de Segurança Pública adotada pelos governos anteriores não resultou em uma diminuição de homicídios efetiva no Brasil. “As pessoas não podem sair por aí com armas e fuzis automáticos. O decreto era uma antiga promessa de campanha do presidente Bolsonaro e foi assinado no sentido de flexibilizar a lei”, afirmou.

Moro disse que o decreto ainda será melhor avaliado com o passar dos dias. Para ele, o fato de o texto ter recebido críticas tanto de pessoas que eram contra o decreto quanto das que eram favoráveis, foi um sinal de que a possibilidade de o cidadão guardar o equipamento em casa foi flexível.

“Ninguém é obrigado a ter uma arma em sua residência. O texto vai na compreensão de que existe uma parcela da população que manifesta o desejo de ter a posse de uma arma de fogo. Isso pode funcionar como um mecanismo de defesa”. disse.

Durante o dia, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chegou a afirmar que vários países tiveram os índices de criminalidade reduzidos com a liberação da posse de armas. Sérgio Moro, porém, se esquivou e disse que dados como este são muito controversos. “O porte, por exemplo, não está sendo estudado. Não temos nenhum plano a esse respeito”.

Caso Queiroz

Questionado se estava satisfeito com a investigação sobre as movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL), Sérgio Moro disse que ‘não era apropriado a um ministro comentar casos concretos’, mas que cabe ao seu ministério garantir que as instituições atuem de maneira correta. “Os fatos estão sendo investigados e apurados”.

Ainda sobre o tema corrupção, Moro também preferiu não comentar sobre as denúncias de Caixa 2 sobre o ministro Onyx Lorenzoni.

 

Fonte: UAI
Créditos: UAI