DILMA 2 E O NORDESTE: O “novo governo” que herdou todos os problemas causados por ele mesmo - Por João Marcelo

Numa reunião com o secretário da Casa Civil da Presidência, Marco Antônio, foram apresentados os pontos da Carta da Paraíba, documento escrito por ocasião do primeiro encontro, o qual tem detalhes específicos relacionados ao enfrentamento da seca prolongada, novas fontes de financiamento para saúde e apoio às ações de segurança.

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RUMO DOS DEBATES, POR QUE PROCURAR CULPADOS?

Há dias venho me preocupando com os rumos de alguns debates. Esse “novo governo” que herdou todos os problemas causados por ele mesmo, revela uma ânsia de imprimir um novo ritmo e um padrão diferenciado aos gastos públicos. Sabe-se o quanto foram prejudiciais algumas atitudes e principalmente pela máxima que bradam os adeptos de Maquiavel, de que, faça inicialmente todas as atitudes ruins. Porém como ele herdou, ou na verdade, vem colhendo o que plantou, essa dita lua de mel acabou após a eleição das mesas diretoras para o Senado e Câmara Federal.

Dessa forma, acredito que é pouco produtiva a busca de culpados, ou mesmo o papel “apenas” de acusador, de parte da oposição. Nesse vácuo de ações concretas e debates acerca de atitudes que possam vir a destravar as amarras da crise que atravessamos, os governadores do Nordeste caminham para o segundo encontro convocado pelo governador Ricardo Coutinho. Vale lembrar que o governador paraibano, como é amplamente divulgado, quer ocupar o protagonismo e o espaço de um discurso de centro-esquerda, vago desde a morte prematura de Eduardo Campos. Esse encontro agendado para o mês de março em Natal-RN, deve avaliar os rumos das reuniões que vem ocorrendo e, particularmente, uma que se pretende ter com a Presidente Dilma.

Numa reunião com o secretário da Casa Civil da Presidência, Marco Antônio, foram apresentados os pontos da Carta da Paraíba, documento escrito por ocasião do primeiro encontro, o qual tem detalhes específicos relacionados ao enfrentamento da seca prolongada, novas fontes de financiamento para saúde e apoio às ações de segurança.

No entanto, o que ainda me incomoda, é o fato de estarmos num ano ‘ímpar’, para se pensar no futuro. Nesse ano, será elaborado, discutido e aprovado o PPA – Plano Plurianual; instrumento importantíssimo de planejamento governamental e peça que ditará os rumos dos investimentos orçamentários para os próximos quatro anos.

Para que esse debate, agendado com os governadores para o próximo mês, ecoe e alcance os deputados do nordeste, precisa ressaltar alguns pontos especiais:

 

1.     Uma agenda macro para o nordeste, que contemple a visão dos atores; sociedade civil, governos e representantes, visando uma união consistente. Essa ação mobilizaria os 27 senadores e os 151 deputados.

2.     Uma agenda regional buscando semelhanças dos estados e projetos que sejam comuns e que possam ter uma rápida execução.