Análise

As três "Marias" e a vaga a vice na união das oposições – Por Leandro Borba

Como a briga por espaço na chapa majoritária pode reservar um lugar para Fátima Bezerra, Micheline Rodrigues e Daniela Ribeiro

Um grupo repleto de nomes conhecidos e que busca unidade em torno de um só, geralmente o mais forte, referendado por pesquisas de opinião e de influência. Essa é a lógica (e no discurso, correta) da união das oposições aqui na Paraíba.

Cássio Cunha Lima (PSDB), José Maranhão (PMDB), Luciano Cartaxo (PSD) e Romero Rodrigues (PSDB) já colocaram seus nomes à disposição do grupo e do povo paraibano para concorrer ao Governo do Estado nas eleições do ano que vem.

Mas nós sabemos – e eles também – de que, no fim, tudo isso é fogo de palha. A Paraíba já demonstrou em outros pleitos que não suporta uma terceira via e que não há espaço para três cores.

Apenas dois devem concorrer: João Azevedo pelo lado governista e um dos quatro citados pelo outro lado.

Mas então por que eles continuam insistindo nesse discurso de que todo mundo é candidato? Na minha visão é apenas uma briga por espaço dentro da chapa majoritária, que recheada de opções, precisa decidir quem são os 4 nomes que vão disputar para governador, vice e as duas cadeiras para o senado.

Fazendo uma montagem rápida e agregando os 3 grandes partidos que compõe a aliança temos o seguinte desenho:

Governador: Luciano Cartaxo (PSD)

Vice:

Senador: Cássio Cunha Lima (PSDB)

Senador: Raimundo Lira (PMDB)

E é com esse desenho que vemos a briga por espaço, principalmente de Maranhão e Romero, que perdendo a disputa para Cartaxo pela cabeça da chapa, não podem ficar a ver navios e pretendem lançar suas esposas na vaga a vice.

Tanto Fátima Bezerra quanto Micheline Rodrigues têm trabalhos reconhecidos no Estado e estariam aptas a concorrer, seja pra equilibrar a chapa, seja pra mostrar força ou até mesmo para entrar de cabeça em um projeto político.

A outra ”Maria” seria Daniella Ribeiro, em uma articulação para garantir apoio do PP, que nutriu esperanças de assumir a Prefeitura de Campina Grande, caso Romero fosse o candidato.

Sabemos que na política paraibana tudo que se fala é mera especulação, as coisas e ideias mudam muito rápido, mas o que nos cabe é analisar o momento.

Esperemos cenas dos próximos capítulos…