O jornalista Gutemberg Cardoso entrevistou na noite desta segunda-feira(25) o presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, André Carlos Torres. Durante a entrevista André falou sobre as inovações tecnológicas que estão sendo adotadas pelo tribunal para aproximar as ações do órgão do povo paraibano e sobre a gestão financeira de órgãos públicos no estado.
André iniciou a entrevista falando sobre o aplicativo Nosso TCE-PB,que foi desenvolvido pelo tribunal no ano de 2015. O aplicativo foi posto em uso pelo tribunal neste ano de 2018 e permitirá que o eleitor tenha o TCE-PB ao alcance de suas mãos. ”O celular serve para o cidadão tanto como um canal de consultas, quanto como um canal para realizar denúncias”.
Sobre o julgamento das contas públicas dos municípios paraibanos, ele afirmou que o tribunal vem evoluindo no acompanhamento das gestões públicas através de uma mudança de postura que permitiu que processos que demoravam dias para ocorrerem possam ser realizados em horas, isso teria permitido que o número de contras consideradas irregulares caísse para um terço. ”Hoje o tribunal não espera mais a prestação de contas dos municípios , mas instaura um processo de acompanhamento”.
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Ele também afirmou que no período que pertence ao TCE-PB tem percebido por parte dos gestores paraibanos um interesse em conseguirem dar as suas gestões um caráter de normalidade e uma preocupação em administrarem corretamente os órgãos para o qual form eleitos ou nomeados. ”Infelizmente a gestão pública sofre com um emaranhado burocrático que foi criado para combater a corrupção, mas que apenas a favorece”.
Questionado quantos dos municípios teriam tido suas contas rejeitadas no estado, André afirmou que 27 gestões paraibanas teriam recebido parecer contrário em 2018. Segundo ele a intenção do tribunal é que com um maior acompanhamento do TCE-PB junto a estes municípios se possa superar barreiras criadas pelas limitações técnicas encontradas em algumas das cidades paraibanas.
André também falou sobre a sensação que estaria presente dentre a população brasileira de que os casos de corrupção viriam se multiplicando nos últimos anos, ele contestou esta sensação apontando que ela surgiria do maior acesso as informações para toda a população por meio da internet. ”Quando falamos de uma maior percepção da corrupção eu não sou inocente de pensar que a corrupção foi criada do advento da internet para cá”.
Ele encerrou a entrevista falando sobre o cancelamento das festas juninas em muitos municípios paraibanos que segundo os gestores seria motivado pela crise econômica que o Brasil vem vivendo nos últimos anos. ”O TCE-PB tem uma orientação de que festividades sejam realizadas apenas se as despesas de um município estejam de acordo com as possibilidades financeiras da cidade previstas para o período da comemoração”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
