no centro de convenções

CONGRESSO DE ENGENHEIROS: Organizador revela que Brasil 'paga a conta' quando empresas não investem em prevenção de acidentes

Para Murilo a principal mensagem do congresso é que não há obra ou empresa que cresça sem pensar em segurança: "É fundamental. Tem uma pesquisa alguns bilhões somente com acidentes de trabalho, ou seja, não investiram na parte mais correta, que é a prevenção. Todos nós pagamos por essa insegurança, pois esse dinheiro é tirado do próprio brasileiro".


Murilo Pinheiro, engenheiro, conversou com a reportagem do Polêmica Paraíba sobre o  19º CONEST (Congresso Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho ). Murilo é militante da Federação Nacional de Engenheiros e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).

O congresso acontece dias 22, 23, 24 no Centro de Convenções em João Pessoa com palestras e debates.

Segurança é fundamental
Para Murilo a principal mensagem do congresso é que não há obra ou empresa que cresça sem pensar em segurança: “É fundamental. Tem uma pesquisa alguns bilhões somente com acidentes de trabalho, ou seja, não investiram na parte mais correta, que é a prevenção. Todos nós pagamos por essa insegurança, pois esse dinheiro é tirado do próprio brasileiro”.

Crise econômica

Murilo disse que o cenário de crise em que o Brasil se encontra é um momento em que a categoria precisa se unir: “Entendemos que hoje a engenharia precisa estar unida. Com propostas factíveis para sair dessa crise.
Ele ainda avalia o impacto da crise e cita a Lava Jato como uma medida errada: “Em vez de autuar as pessoas envolvidas em esquemas de corrupção, em vez de ir atrás do corruptor, foram atrás das empresas. As empresas foram altamente prejudicadas com esse processo. Tivemos demissões, participação menor, empresas que fecharam. Em torno dessas grandes empresas trabalham muitas outras empresas que também foram prejudicadas”.

Venda das estatais
Murilo ainda não vê como uma boa ideia a venda das empresas estatais: “Temos que pensar em soberania, em um país forte. A venda das empresas não nos deixa mais fortes”.

Golpe
Acho que os militares estão acompanhando, mas estão serenos. É importante que o Brasil continue sempre democrático. A saída é no campo das ideias, que os engenheiros se unam para um país soberano e mais forte. Para isso é preciso que o governo discuta com os profissionais uma resposta mais técnica.