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CASO NICOLE: a criança apanhava para pedir comida, diz delegado em João Pessoa

A menina Nicole, de 7 anos, chegou à Delegacia da Infância e Juventude de João Pessoa, por volta das 13h da tarde desta quarta-feira

A menina Nicole, de 7 anos, chegou à Delegacia da Infância e Juventude de João Pessoa, por volta das 13h da tarde desta quarta-feira (28). Segundo informações da polícia, ela estava muito machucada e não quis fazer o exame sexológico no Ceará, por isso deve realizar os exames necessários em Campina Grande. Nicole Paiva foi sequestrada no dia 9 de março, no bairro de Mangabeira, na capital paraibana, e encontrada na manhã da quinta-feira (27), no sítio do avô do suspeito.

De acordo com o delegado Allan Terruel, do Grupo de Operações Especiais (GOE), apesar do apoio do conselheiro tutelar e do médico responsáveis no local, que seguiram os procedimentos padrões, Nicole não fez o exame pois se mostrou muito constrangida. Além disso, roupas da criança também foram recolhidas para tentar encontrar vestígios do suspeito.

Conforme o delegado afirmou, a menina também demonstrou dificuldades para se locomover e contou que o suspeito batia nela para que ela pedisse comida. “Ela estava muito chateada, muito machucada, com os pés lesionados, rosto com hematoma e disse que apanhou. Uma cena muito triste, se não fosse a polícia localizar essa menina, ela ainda estaria sofrendo”, disse.

A delegada da Infância e Juventude de João Pessoa, Joana Darc, explicou que a garota vai para Campina Grande para realizar os exames de corpo e delito e sexológico. “Ela só fez o exame de ofensa física, que constatou os arranhões, os hematomas e as lesões”, pontuou.

A polícia agora investiga se os familiares do suspeito do sequestro têm algum envolvimento com o desaparecimento da criança. Maécio Damacena Silva, de 27 anos, teve sua prisão preventiva decretada no dia 21 de março, mas fugiu antes que a polícia chegasse ao local e continua foragido. Ele já foi visto nos estados de Pernambuco e do Ceará.

Entenda o caso

De acordo com Ana Maria Paiva, mãe de Nicole, após dez anos sem encontrar o suspeito, ele foi à casa dela, pedindo ajuda e afirmando que estava à procura de emprego. “E eu então apoiei ele, ele mostrou toda a confiança. Aí ele pediu para acordar por volta das 5h da manhã, para ir na Caixa Econômica de Mangabeira, para ele sacar o dinheiro dele. A gente saiu cedo”, contou.

Ela ainda explicou que a menina estava com fome e o suspeito se ofereceu para levá-la para comer. “E eu disse ‘tu dá mesmo?’. Ele disse ‘dou, tu me espera aí que já eu volto’. Aí que esperei e estranhei a demora. Aí eu fui até a casa de Mangabeira procurando ele, não encontrei, voltei para a Caixa Econômica e ele não estava”, disse a mãe.

Fonte: G1
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