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FÁBRICA DE CORRUPTOS: Quanto custa abandonar o patrimônio público em benefício de poucos? - Por Francisco Airton

Em não havendo qualquer manifestação de quem de direito para acabar com essa prática, que o povo realmente acorde desse estado letárgico e que faça nascer a nossa primavera!

O que leva um governante eleito pelo povo para cuidar da sua cidade, seu estado e o seu pais a simplesmente ignorar compromissos, promessas, juramentos que jamais serão cumpridos quando atingidos os seus objetivos? A maioria imediatamente adota uma postura voraz e insana que os levam a, também, ignorar patrimônios públicos, perfeitamente aptos a serem utilizados relegando-os a ponto de permitir sua deterioração passando a alugar prédios particulares para instalação de suas secretarias, coordenadorias e outros departamentos como se não tivesse outra alternativa!

Sinceramente não consigo entender tal lógica e isso se dá tanto com prédios quanto com os transportes utilizados para – nem sempre atenderem as pessoas mais necessitadas – causando o aumento assustador nos gastos, levando a esses administradores a realizarem demissões desenfreadas no seu funcionalismo – atingindo geralmente aqueles que se mostram contrários aos seus objetivos escusos e que não rezam, obviamente, em suas cartilhas corruptas – causando assim um total desequilíbrio econômico e social no pais, nos estados e municípios!

Essa prática danosa acompanha os chamados políticos de carreira, de formação familiar, desde o nosso descobrimento! Políticos treinam os filhos para serem seus sucessores, como se uma prefeitura fosse um patrimônio da família! E essas criaturas acabam crescendo moldadas muitas vezes em sua deformação de caráter!
Não foge ao conhecimento de ninguém que a União é proprietária de milhares de imóveis – alguns, verdadeiros condomínios comerciais, abandonados a anos deteriorando-se pela ação do tempo ou pelas invasões programadas que acabam transformando-os em verdadeiros pardieiros, favelas verticais que enfeiam e empobrecem cada vez mais as grandes cidades.
E podemos até imaginar aqui o que estaria por trás dessa prática famigerada! Afinal de contas que graça e que lucros teriam estes senhores, se utilizassem esses milhares de imóveis já existentes? É perfeitamente entendível que os chamados “escapes” financeiros somente se concretizam em negócios lucrativos quando tentam justificarem-se esses senhores dizendo-se obrigados a cumprirem compromissos de campanha realizados com “amigos” investidores, grandes empresários que desde a muito estão de olho nos grandes “investimentos”!

Você já imaginou como seria com a devida utilização desses milhares de imóveis espalhados pelo pais – muitos abandonados a anos – a economia que teríamos? Mas é melhor para o administrador deixar aquele imóvel ser invadido e dilapidado de forma vergonhosa, deixando essa população carente e agora invasora, relegada ao chamado limbo social! São os seus recentemente importantes eleitores, transformados em transgressores, bandidos perigosos! É bem mais lucrativo alugar um imóvel de um amigo já bastante rico para ocupar uma secretaria, que reformar o imóvel próprio já existente! Triste isso, não?

A frota de veículos utilitários que sempre esteve a serviço das administrações, perde a sua importância e acaba sendo toda esquecida em um lixão (ferro velho) instalado na maioria das vezes num terreno baldio atrás da prefeitura! É muito mais lucrativo, ao mesmo tempo em que o administrador acaba atendendo a mais um “amigo” de campanha, alugando toda uma frota novinha a custos elevadíssimos! Mas isso não chega a ser sentido no bolso do bem intencionado governante, afinal o dinheiro acaba saindo do bolso da sua explorada população que na maioria das vezes não faz ideia se está assumindo todo esse ônus e caso consiga imaginar tal possibilidade, não entende como paga tão caro pelas benesses dos seus escolhidos, enquanto em sua casa miserável, a família padece de necessidades muitas!

Faz-se necessário, por tanto, que as nossas autoridades (aquelas realmente comprometidas com a coisa certa), quebrem esse elo danoso entre poderes – uns que roubam descaradamente, outros que se beneficiam e aceitam as sobras e outros que simplesmente fazem vista grossa e assinam embaixo fazendo se perpetuar uma prática tão maligna que, como um cancro, corroem as entranhas do país apodrecendo a carne e corroendo até o osso!

Em não havendo qualquer manifestação de quem de direito para acabar com essa prática, que o povo realmente acorde desse estado letárgico e que faça nascer a nossa primavera!

Fonte: Francisco Airton
Créditos: Francisco Airton