Em conversa, ontem, com a reportagem de “Os Guedes”, o deputado federal Wilson Filho, do PTB, falou da expectativa que está vivendo atualmente diante da iminência de trocar um mandato em Brasília pelo mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba, para o qual foi eleito em outubro. Ele destacou a vantagem de poder estar mais perto dos problemas paraibanos e a perspectiva de espaço no governo de João Azevedo (PSB) para encaminhar reivindicações de regiões do Estado. De antemão, procura se articular com deputados estaduais eleitos e reeleitos para intercâmbio de ideias e propostas, da mesma forma como já integra reuniões informais que discutem o processo de eleição do presidente e demais membros da Mesa da Assembleia para os próximos biênios.
O nome de Wilson Filho tem sido, inclusive, mencionado em áreas políticas como alternativa para ascender à própria presidência da Assembleia, no segundo biênio, já que para o primeiro biênio, que se seguirá à gestão de Gervásio Maia, está praticamente cristalizado o consenso em torno do retorno do deputado Adriano Galdino, do PSB. Wilson abriu mão de concorrer à reeleição à Câmara para favorecer a pretensão do pai, Wilson Santiago, presidente do diretório estadual do PTB, de retornar àquela Casa, o que se concretizou. Santiago iniciou trajetória política como deputado estadual, partiu para a deputação federal e chegou a se candidatar ao Senado em 2010, ficando na terceira posição.
Wilson Santiago ocupou a titularidade do mandato de senador por cerca de dez meses, em 2011, devido ao imbróglio jurídico criado para a investidura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que obtivera hum milhão de votos mas fora alcançado por interpretação negativa à sua posse, por supostamente estar sob os efeitos da Lei da Ficha Limpa. Em 2009, Cássio tivera cassado o mandato como governador, reabilitando-se nas urnas em 2010. A pendência quanto à investidura no Senado foi resolvida pelo TSE em conjunto com a Mesa. Cunha Lima efetivou-se, afinal, na titularidade. Tentou a reeleição este ano, sem êxito.
Notícias Relacionadas
opinião
Zema gritou de ‘barriga cheia’ e omitiu privilégios para região de Minas - Por Nonato Guedes
Uma reportagem publicada por UOL e assinada por Leonardo Martins mostrou que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, omitiu informações sobre privilégios na alocação de recursos obtidos por seu Estado e por outros Estados da região ao defender no último fim de semana a criação do Consórcio Sul-Sudeste para fazer frente ao Norte e Nordeste.
opinião
Cartaxo tenta polarizar com Cícero mas candidatura pelo PT é incerta
Desde que retornou à Assembleia Legislativa, após ser eleito em 2022, o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) sinalizou que seu foco prioritário seria João Pessoa, a Capital que ele administrou por dois mandatos e que aspira voltar a comandar, o que dá a entender que a passagem pela ALPB é um trampolim para não ficar sem mandato e sem tribuna, prolongando o jejum político que trilhou ao deixar a prefeitura. Embora tenha sido vice-governador do Estado, quando José Maranhão se investiu por convocação da Justiça Eleitoral em 2009, Cartaxo concentra sua atuação e sua atenção nos problemas da Capital e já vem dando sinais de que pretende liderar polarização com o atual prefeito Cícero Lucena (PP) que será candidato à reeleição em 2024 com o apoio do governador João Azevêdo, do PSB.
O deputado Wilson Filho disse à reportagem que o desafio de ser deputado estadual é, igualmente, ingente. Mas se comprometeu a lutar de forma obstinada para intermediar demandas populares. Ele entende que a classe política como um todo vive a realidade de cobrança muito forte por parte da opinião pública e defende que haja renovação de posturas e métodos para que se opere uma sintonia com o sentimento popular. “É preciso que haja uma conscientização efetiva de todos os parlamentares, independente de partidos a que são filiados”, ponderou o deputado.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes
