PELO RALO: Muito dinheiro se transformando em obras abandonadas, tomadas pelo mato e sendo saqueadas - Por Laerte Cerqueira

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Pelo ralo
Poe Laerte Cerqueira – do Jornal da paraíba

A Paraíba tem 223 municípios e não seria loucura dizer que em mais de 80% deles há dinheiro público indo pelo ralo. São obras de responsabilidade dos Municípios, do Estado e do Governo Federal. Ou de convênios entre eles. Não são apenas obras que atrasam e a população fica sem um serviço de qualidade. É pior. São obras cujo valor para conclusão foi pago, mas o benefício não chegou. A obra foi paralisada e abandonada. Em alguns casos, empresas receberam quase todo o montante e na hora de fazer a medição, o cálculo não bate. Em breve traremos alguns exemplos aqui, que são de assustar.
É comum também, segundo os órgãos de fiscalização, obras em que empresas ganham a licitação e quando recebem a primeira, segunda parcelas, desistem de continuar o trabalho. Em muitos casos, a prefeitura, por motivos “obscuros”, apenas aceita a decisão unilateral, mas não obriga, com a ajuda da Justiça, a empresa pagar uma multa ou um valor para compensar o prejuízo que o poder público vai ter com a abertura de uma nova licitação, revisão de valor e novo gasto. Isso quando não perde quase totalmente o dinheiro dos convênios.
São dezenas de exemplos de falta de planejamento, de responsabilidade, acordos de compadres e um único pagador: o contribuinte. O MPF, o TCE e a CGU até tentam abrir as garras e chega a alcançar algumas irregularidades, mas não é fácil. São erros de projeto em Unidade de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento, creches, obras de infraestrutura. Quando detectam o problema, o estrago já foi feito. Aí, ou obra será refeita, e se gasta o dobro do valor para salvar, ou ela é abandona de vez e o dinheiro vai dolorosamente pelo ralo.
Os problemas são reincidentes nos municípios. Principalmente nos convênios entre governo federal e prefeituras. Alguns órgãos fazem fiscalização por meio de “sorteios”, amostragem. Uma peneira de aberturas largas por onde passam muitos sortudos. O resultado é uma dinheirama se transformando em obras abandonadas, tomadas pelo mato e sendo saqueadas por quem esperou ser beneficiado e, de maneira injustificável, apropriou-se do bem público.
Não bastam números em sites. Avaliação de planilhas e sorteios. Temos chagas abertas em municípios grandes e pequenos, com o dinheiro de impostos enriquecendo empresários que não cumprem contratos e gestores que não cobram compromisso. Impunidade por todos os lados, gerando reincidências, com uma fiscalização que não alcança o tamanho do rombo. O assunto retornará a este espaço com alguns exemplos estarrecedores. Voltará porque não pode ser esquecido até termos gestores que, cientes da nossa burocracia, criem mecanismos de proteger o dinheiro de seus contribuintes.
Pedido
O vereador Bruno Farias tem dito em várias ocasiões que aguarda a reposta de um pedido de audiência feito ao prefeito da capital, Luciano Cartaxo.

Sinalização
Segundo ele, são mais de 90 dias. Ou Cartaxo não o quer mais na base ou quer saber até onde ele vai. Ontem, o vereador já deu um sinal. Votou contra o prefeito.

Apelos
A saída de Bruno da Secretaria de Turismo não foi amigável e o Cartaxo não parece estar preocupado com os apelos públicos do ex-auxiliar. Se tivesse, já tinha resolvido.

Sem recurso
Cartaxo ainda procura um secretário de Turismo para capital. Tem que ser “um” que se submeta a fazer “figuração”, porque a pasta não tem dinheiro.
Separação amigável

Além de Bruno, a base governista em JP deve perder, mais cedo ou mais tarde, o vereador Djanilson da Fonseca (PPS) e Zezinho do Botafogo. Bruno porque não terá mais clima para ficar. Djanilson porque já mostrou que tem “mais admiração” por RC. Basta apenas o PSB romper. Por fim, o socialista Zezinho do Botafogo, que já disse que é um homem de partido. Segue determinação da legenda. “Se o PSB tomar a decisão de uma candidatura própria ou construir alguma aliança nas eleições do próximo ano eu estarei ao lado do partido”, disse aos colegas radialistas.

Indo
Como alertamos aqui, o deputado Jutahy Menezes (PRB) vai para base do governo na AL. Está fazendo ajustes e “ouvindo” muito Genival Matias e Hervázio. Bons de papo.

Requerimentos
Jutahy tem feito questão de deixar claro que não está negociando cargo, mas obras nas suas bases; liberação de recursos. Pedidos que já foram feitos em requerimentos na AL.

Levando
O presidente Adriano Galdino (PSB) também tem trabalhado no convencimento. Está prestes a levar seu companheiro de “Mesa”, o vice-presidente João Henrique (DEM).
Holofotes
Não é por acaso que o Secretário de Esporte da PB e responsável pelo Empreender-PB, Tibério Limeira, está circulando muito mais.

Testando
Nas últimas semanas, concedeu entrevistas em rádios, emissoras de TV, foi destaque nas paginas principais dos sites. É a Comunicação socialista “experimentando”.

Recado
O deputado federal Manoel Jr. já está dando o recado do cacique do PMDB, José Maranhão, a Gervasinho. Ele terá que ganhar a presidência do partido, em JP, no voto.

Na curva
Gervasinho aguarda o cumprimento de um acordo de revezamento. Maranhão já afirmou que acordos como esse podem ser descumpridos. Maia sobrou na curva.