tem o funeral de Lígia

O PANORAMA: Maranhão não une, Cartaxo segue só, Cássio é um leão com medo e Ricardo buscar salvar Azevedo - Por Gilvan Freire

RC tem hoje um trilema a resolver : como matar Lígia , como salvar João Azevedo e como não morrer, mas alguém terá de morrer para que alguém sobreviva. E esse alguém sobrevivente só pode ser ele, RC, que está acostumado a matar aliados e amigos para garantir a sua própria sobrevivência.


COMEÇA OPERAÇÃO DE SALVAMENTO DE JOÃO AZEVEDO. CARTAXO AVANÇA SEM ESPERAR POR AMIGOS DA ONÇA. CÁSSIO VIRA LEÃO COM MEDO DO PAPA-FIGO.

Por Gilvan Freire

Maranhão, animado pela boa fama em época de turbidez geral da política, caminha desenvolto com a sua candidatura a governador, sem se incomodar com as críticas de que seu projeto só favorece a RC, porque divide as oposições no Estado.

Como começou muito cedo, poderá cedo sucumbir , porque certamente não conseguirá unir nem mesmo o próprio PMDB. Cartaxo tem hoje um pedaço, RC tem uma fatia grande, e ZÉ tem a simpatia do eleitor partidário, mas também fracionado entre líderes divergentes.

Luciano Cartaxo, receoso de perder tempo apagando a fogueira de vaidade que empresta luz a seus supostos aliados e importantes líderes da coligação vitoriosa de 2016, que o sagrou prefeito reeleito da Capital e o alçou à condição de natural postulante ao cargo de governador, resolveu caminhar sem eles, talvez convencido de que ainda sobram chuvas deste longo inverno de 2017 para apagar esses lampejos remanescentes dos folguedos juninos. Se se meter muito nesses fogaréus, corre o risco de se queimar neles.

Cássio e Romero vivem o dilema de escolher quem morre dos dois para que um sobreviva. Se Romero sai candidato a governador, Cássio não pode sair para o senado.

E se quiser sair por teimosia, candidato apenas de um pedaço das oposições fragmentadas, RC come-lhe novamente o fígado, Papa-Figo devorador que é. Nesses últimos dias, CCL vomita sangue para reunificar a aliança de 2016, e já há no final do túnel um pouco de luz, muito além das labaredas campinenses.

Romero não pensa em matar Cássio mas também não quer morrer precocemente na ‘flor da idade’, drama que não deixa muitas escolhas à vista. Se não combinarem bem sobre a arte de sobrevivência em tempos de guerra e lutas, poderão morrer juntos. Mas ainda há tempo para fazer cálculos. Ou trombar com eles.

RC tem hoje um trilema a resolver : como matar Lígia , como salvar João Azevedo e como não morrer, mas alguém terá de morrer para que alguém sobreviva. E esse alguém sobrevivente só pode ser ele, RC, que está acostumado a matar aliados e amigos para garantir a sua própria sobrevivência.

Por enquanto, o que está em curso é uma operação para salvar João Azevedo da morte prematura. Todos os subalternos de RC terão de entoar loas para manter João respirando, até que, em dado momento, ele mesmo, RC, decrete a sua morte política.

Não está distante, mas terá de haver antes o funeral de Lígia, que será um ato fúnebre negociado, possivelmente, e então, somente aí, RC se lançará candidato a senador para enfrentar Cássio, o escolhido para travar consigo o duelo do século e dos egos nas urnas.

Fonte: POLEMICA PARAÍBA
Créditos: gilvan Freire