GADELHA ANUNCIA APOIO DO PSC A MANOEL JÚNIOR E ABRE SUSPEITA DE QUE O PSDB NÃO TERÁ CANDIDATO NA CAPITAL

O presidente estadual do PSC (Partido Social Cristão), deputado Marcondes Gadelha (ocupa interinamente cadeira do deputado Pedro Cunha Lima, licenciado para concluir Mestrado), foi taxativo, numa entrevista à rádio CBN, ao responder questão sobre a posição de seu partido em relação às eleições para prefeito em João Pessoa: a legenda apoia a candidatura de Manoel Júnior (PMDB).
Por que Gadelha não titubeou sobre o apoio a Manoel Júnior quando o comum tem sido os dirigentes partidários alegarem que essa é uma questão para ser definida próximo ao período das convenções, em junho/julho de 2016?
Existe uma razão de família: mágoas em relação ao prefeito Luciano Cartaxo pelo fato de o mesmo ter demitido o advogado José de Paiva Gadelha Neto, sobrinho de Marcondes, no período da campanha para governador.
O PSC apoiou a candidatura de Cartaxo no segundo turno das eleições de 2012 e tinha Zé Gadelha ocupando um cargo no segundo escalão da Prefeitura de João Pessoa. Divergências localizadas em Sousa em relação à candidatura de Lucélio Cartaxo a senador teriam levado o prefeito a exonerar o representante do PSC. Ficaram mágoas.
Certo, mas Marcondes poderia ter negado o apoio a Cartaxo e alegado que o partido ainda iria decidir a quem apoiar para prefeito, sabendo-se, ainda mais, que a família Gadelha tem hoje uma relação mais estreita com a família Cunha Lima. Por que, então, Manoel Júnior?
A segunda razão para a decisão taxativa do PSC talvez esteja exatamente na proximidade política que a família Gadelha mantém com o grupo liderado pelo senador Cássio Cunha Lima.
A posição de Gadelha talvez seja um indicativo de que o PSDB não deverá apresentar candidato a prefeito de João Pessoa, satisfazendo as especulações de que o senador Cássio teria compromisso com a candidatura do deputado Manoel Júnior. Se os tucanos tivessem candidato, dificilmente o PSC anunciaria apoio a Manoel Júnior.
Pode-se até negar, mas essa é a lógica dos fatos. No mínimo, fica a suspeita no ar.

Autor: Josival Pereira