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VEJA VÍDEO: Ativista faz topless durante protesto

O ex-premier italiano Silvio Berlusconi enfrentou fila para votar na eleição legislativa no país neste domingo, marcada pelo sentimento de divisão entre os eleitores. No entanto, ao depositar seu voto, ele foi surpreendido quando uma ativista subiu, com os seios expostos, numa mesa dentro da seção eleitoral e gritou “Berlusconi, seu tempo acabou” ao ex-primeiro-ministro, que tem histórico de envolvimento em escândalos sexuais.

— Ela passou tão rápido que nem tive a chance de vê-la — esquivou-se o ex premier quando perguntado sobre o protesto após votar em Milão.

Retirada logo após o protesto, a manifestante, que também tinha a mensagem “Seu tempo acabou” escrita no corpo, é integrante do movimento feminista Femen, fundado em 2008 na Ucrânia. O grupo é conhecido por organizar atos de topless público em repúdio a abusos sexuais. Não foi a primeira vez que Berlusconi foi alvo do movimento. Em 2013, três mulheres o abordaram de maneira similar, segundo a emissora italiana RAI.

Os italianos começaram a ir às urnas às 7h (3h em Brasília) deste domingo. A votação termina às 23h (19h em Brasília). Às 12h, a taxa de comparecimento era de 19% do eleitorado registrado. Muitos centros de votação tiveram longas filas, algo que também preocupou Berlusconi:

— Estou preocupado que possa haver situações nas quais algumas pessoas não conseguirão votar — disse ele.

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ELEIÇÕES DIVIDIDAS

Os cenários mais prováveis são que as eleições sejam vencidas pelo M5S, com 28% das intenções de voto, ou pela coalizão de centro-direita (36%), mas ambos precisariam do respaldo de um dos outros rivais diante da falta de maioria absoluta. Caso contrário, o risco é um governo paralisado e, como reza o velho paradigma italiano, vulnerável.

Inelegível até 2019 devido a uma condenação em 2013 por fraude fiscal, Berlusconi exerce, no entanto, um papel de peso nesta eleição: o antigo magnata dos meios de comunicação é líder do Força Itália (centro-direita) e da coalizão com dois partidos de extrema-direita — Liga Norte e Irmãos da Itália — e usa sua influência política para apostar no presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, que se apresentou esta semana como candidato para dirigir o governo italiano em caso de vitória da coalizão de direita nas legislativas.

O bloco conservador, no entanto, é marcado por diferenças. Apesar de ser pouco provável que a coalizão de direita obtenha a maioria absoluta, devido ao complexo sistema eleitoral, é possível que obtenha um bom resultado, como ocorreu em novembro nas eleições regionais da Sicília.

 

 

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo