TROCAS

Treinadores pedem que CBF limite trocas de profissionais na temporada

Mais de uma dezena de treinadores já perderam o emprego neste Brasileiro

Os treinadores de futebol querem estabelecer um limite de transferência por temporada no Brasil. Pela proposta, um técnico só poderá trabalhar em dois clubes por ano no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil a partir de 2018.

Mais de uma dezena de treinadores já perderam o emprego neste Brasileiro.

Desde o início da manhã desta segunda (21), dezenas de técnicos estão reunidos na sede da CBF discutindo a regulamentação da profissão. No final do dia, um grupo se encontrará com o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, para apresentar as reivindicações da categoria.

“Temos que ter a ética e respeito entre nós. Estamos reivindicando que sejam duas transferências na categoria que estão trabalhando, primeira e segunda divisão, e dali para frente não se possa mais trabalhar”, explicou Vanderlei Luxemburgo, que comanda o Sport.

Para evitar o veto dos clubes, os treinadores querem que a nova regra seja incluída no Regulamento Geral de Competições da entidade já no próximo ano.

“A CBF tem a autonomia dentro do Regulamento para restringir dentro das Séries A e B. Não tem legislação para que os clubes respeitem os treinadores. Não somos contra a quebra de contrato. Se quiser trocar, o clube tem que cumprir os direitos do técnico que sai”, disse Vágner Mancini, que está no Vitória. No início da competição, ele trabalhava na Chapecoense.

Além do limite de transferência, o documento elaborado pelos treinadores vai pedir também o reconhecimento no exterior dos cursos de treinadores promovidos pela CBF.

“Não temos problemas com nenhum nome de fora, queremos apenas que sejamos validados no exterior”, afirmou Mancini.

Brasil e Inglaterra são os únicos países que não têm profissionais em ação na elite de Itália, França, Espanha, Alemanha, Uruguai e Argentina.

Parte do problema é que licenças emitidas pela CBF não são admitidas na Europa. Desde o ano passado, a entidade brasileira pede a equiparação à Fifa.

Fonte: Folhapress