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Renault apresenta modelo com pintura dourada para a temporada 2017 da F1

Um dia após a Sauber mostrar o novo C36, a Renault revelou para o mundo o seu R.S.17.

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Um dia após a Sauber mostrar o novo C36, a Renault revelou para o mundo o seu R.S.17. Nesta terça-feira (21), os franceses lançaram o novo carro em Londres, em cerimônia que também teve a apresentação de Nico Hülkenberg como grande reforço ao lado do contestado Jolyon Palmer, que ganhou um voto de confiança após um ano de estreia bem fraco e segue com o time como parte do processo de reconstrução na F1. Jerome Stroll, diretor da Renault, deixou claro que a equipe busca terminar a temporada em quinto lugar no Mundial de Construtores, com a meta de subir ao pódio em 2017. Se é ou não uma meta ousada, só o tempo vai dizer.

Entre as novidades da Renaut, além de Hülkenberg, estão dois patrocinadores: a seguradora espanhola Mapfre e a fornecedora BP, responsável pela Castrol, que vai entregar o novo combustível da Renault, encerrando uma parceria de longa data com a petrolífera francesa Total/Elf. Em relação ao novo regulamento, a equipe de Enstone explicou em um telão as mudançs: pneus 25% mais largos, 30% mais downforce, 25% de aceleração lateral, 20% a mais de aceleração total e expectativa de ganho de 5% em performance no tempo de volta.

Ao falar sobre os pilotos da Renault para 2017, o diretor-geral Cyril Abiteboul foi claro: “Não vou apresentar Nico, acho que não é necessário. Ele fez coisas extraordinárias em times pelos quais temos muito respeito. É uma honra termos Nico em nossa equipe”, disse. Sobre Palmer, o dirigente francês reiterou o voto de confiança. “Jolyon é um piloto que entrou na F1 conosco ano passado em fez algumas boas corridas, como no Japão. Ele e nós vamos crescer juntos.”

Palmer, que ficou no time para 2017 apesar do desempenho fraquíssimo no ano passado, lembrou que a Renault hoje só precisa se preocupar com ela, podendo esquecer os problemas deixados pela Lotus. Para o britânico, essa pode ser a chave para o sucesso da equipe nesta nova temporada do Mundial.

“A impressão na equipe é que este é um ano em que nós podemos realmente fazer algo. Ano passado nós ficamos com as mãos um pouco amarradas em virtude dos problemas da Lotus. Este ano parece ser melhor em tudo. Todo mundo está super empolgado em ir pra cima e ver se nós podemos dar a volta por cima”, disse.

Empolgado com o novo motor do time, o diretor-técnico Bob Bell afirmou que o propulsor francês já chegou ao nível do da Ferrari, ainda que siga um pouco atrás dos da Mercedes.

“Estamos atrás da Mercedes, mas à altura da Ferrari. Talvez um pouco atrás, mas não muito. A Renault encurtou a distância para a Mercedes. É só olhar para a performance da Red Bull no ano passado, e eles conseguiram desafiar a Mercedes em várias situações”, comentou.

O R.S.17 chega para ser o real primeiro passo da Renault rumo ao pelotão da frente. A equipe fala abertamente em brigar pelo título mundial até 2020 mas, para isso, é preciso sair da parte final do grid, progredir aos poucos. Com o talento e a experiência de Hülkenberg e as melhoras no chassi e no motor, tudo indica que mais pontos virão em 2017. O objetivo para este ano é claro: alcançar o quinto lugar do Mundial de Construtores, posto que foi logrado pela Williams no ano passado.

Mudanças na estrutura da Renault não faltam. Além da substituição de Kevin Magnussen por Hülk, os gauleses também abriram mão do trabalho de Frédéric Vasseur, até então chefe de equipe e considerado o grande responsável por assinar com Hülkenberg, sendo um amigo pessoal do alemão.

Sem Vasseur, a Renault achou por bem dividir suas principais funções, buscando também melhor relacionamento entre dirigentes e engenheiros. Alan Permane e Ciaron Pilbeam, respectivamente diretor de operações de pista e de engenharia de corridas, irão assumir as atribuições esportivas que antes eram de Vasseur. A parte mais executiva caberá ao diretor de operações Cyril Abiteboul.

A equipe francesa, que ficou apenas em nono no Mundial de Construtores de 2016 com oito pontos, também anunciou o ex-engenheiro da Red Bull, Pete Machin, como o novo chefe do departamento de aerodinâmica.

Fonte: Grande Prêmio