Demissões

Estaduais são marcados por demissões de treinadores dentre eles o filho de Pelé e medalhista olímpico

O discurso de que manter o treinador é a chave para o sucesso definitivamente não funciona no Brasil. Ainda mais quando falamos de times menores. E a maior prova disso são os campeonatos estaduais.

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O discurso de que manter o treinador é a chave para o sucesso definitivamente não funciona no Brasil. Ainda mais quando falamos de times menores. E a maior prova disso são os campeonatos estaduais.

Só neste começo de ano, os quatro principais torneios regionais do país em termos econômicos (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) já derrubaram nada menos que seis treinadores. E tudo isso em apenas duas semanas.

Um deles bem famoso, com direito até a medalha de prata olímpica. René Simões, vice-campeão com a seleção feminina em Atenas-2004, não resistiu ao começo com quatro derrotas em quatro jogos e acabou sendo demitido do comando do Macaé. Ele havia chegado ao clube em dezembro, após ter passado um ano sabático no futebol.

Ainda no Rio de Janeiro, Eduardo Allax também não aguentou o começo ruim a frente do Bangu. Mesmo com Loco Abreu no elenco, o time empatou duas e perdeu as outras duas nos primeiros jogos da competição. Ele era outro que havia chegado no fim do ano passado, em novembro.

Com apenas três rodadas – uma a menos que no Rio -, Minas Gerais também fez duas vítimas. Um deles também muito conhecido. Filho de Pelé, o ex-goleiro Edinho assumiu o Tricordiano em dezembro, mas foi demitido logo após perder as duas primeiras partidas na competição, sendo uma delas para o gigante Cruzeiro.

“Infelizmente ao longo deste período tivemos algumas situações em que a filosofia de trabalho do treinador não estava de acordo com a da nossa diretoria”, explicou Gustavo Vinagre, presidente do clube.

O time celeste, aliás, também foi o responsável por derrubar Éder Bastos do comando do Tupi, após goleada por 4 a 0 neste sábado. Éder é outro que havia sido contratado já em dezembro e se despede com apenas um ponto em três rodadas.

No Rio Grande do Sul, Carlos de Moraes até teve um pouco mais de tempo a frente do Ypiranga – assumiu o clube ainda em setembro -, mas também durou pouco em 2017. O clube é lanterna da competição, mas teve um começo de ano complicado, com Grêmio e Juventude como rivais logo nas três primeiras rodadas.

Em São Paulo, a Ferroviária também não teve paciência alguma com Antônio Picolli. Ele assumiu o clube ainda em abril do ano passado, é verdade, mas acabou demitido após perder para Ponte Preta e Mirassol no Paulista. A equipe também foi eliminada da Copa do Brasil pelo Asa.

Com um sistema de disputas diferente, o Campeonato Carioca ainda fez outras três vítimas que acabaram não entrando nesta conta porque começaram as disputas antes. Dos quatro times que não se classificaram à disputa de títulos e só jogam contra o rebaixamento, só o Campos manteve o treinador. Bonsucesso, Cabofriense e Tigres trocaram de comando. E detalhe: o Tigres apostava na dupla Felipe e Pedrinho, que fez muito sucesso com a camisa do Vasco dentro das quatro linhas.

Fonte: ESPN