Liga dos Campeões

Em busca de consolidação, PSG encara o Anderlecht para pôr pé nas oitavas

Não dá para negar: o início de temporada do Paris Saint-Germain é avassalador. Foram 12 jogos até agora, com 11 vitórias e um empate, 39 gols marcados (média de 3,25) e 7 sofridos (média de 0,58). Essa sequência espetacular rendeu ao time o título da Supercopa da França sobre o Monaco, a liderança folgada do Campeonato Francês – com 6 pontos de vantagem sobre o mesmo Monaco – e ainda a ponta do Grupo B da Liga dos Campeões – com direito a goleada de respeito por 3 a 0 sobre o poderoso Bayern de Munique na rodada anterior. O próximo adversário é o Anderlecht, e a expectativa é de nova goleada da equipe de Neymar. Se isso acontecer, o Paris vai se aproximar da classificação e pôr um pé nas oitavas de final da competição, mesmo com apenas três das seis rodadas da fase de grupos.

Atual campeão belga, o Anderlecht tem força em seu país, mas é frágil em termos de Europa. Começou mal esta temporada e está em quinto no torneio nacional. Na Champions, não só não pontuou como ainda não balançou as redes – perdeu por 3 a 0 para o Bayern (fora) e para o Celtic (em casa). Tanto é que houve mudança recente no comando, com a chegada do técnico Hein Vanhaezebrouck no início deste mês. Como a equipe não possui jogadores muito conhecidos a nível mundial, a maior esperança de guinada está nele.

Os dois clubes se enfrentaram algumas vezes na história. No mata-mata da competição europeia em 1992, deu PSG após dois empates. Na fase de grupos de 2013, os franceses venceram por 5 a 0 em Bruxelas, com quatro gols de Ibrahimovic e um de Cavani, e houve empate por 1 a 1 em Paris. Para o treinador Hein Vanhaezebrouck, a equipe atual é superior à dessa goleada. E ele foi além: acredita que o PSG tem o melhor time do mundo.

– Eles têm muitos recursos. Compram os jogadores, isso é impressionante. Por outro lado, têm um núcleo equilibrado. Eles não têm apenas uma estrela, mas vários jogadores que podem fazer a diferença. Existe um fundo de jogo, uma boa defesa, as alas estão ocupadas… – analisou o belga.

No Paris, a empolgação foi freada, principalmente por conta da fraca atuação diante do modesto Dijon no fim de semana – vitória no sufoco por 2 a 1, com dois gols do lateral Meunier.

– Somos profissionais, temos que dar o máximo em cada jogo. O jogo difícil que tivemos contra o Dijon nos fez analisar algumas coisas e colocar os pés no chão. Se ganharmos de 5 a 0 ou de 2 a 1, precisamos manter os pés no chão e saber que cada jogo é importante – afirmou o zagueiro Marquinhos.

Thiago Silva fora, Kimpembe dentro

Marquinhos, por sinal, desta vez não formará dupla com o compatriota Thiago Silva. O capitão ainda não se recuperou de uma lesão muscular na coxa direita e está fora da partida. Em seu lugar, jogará o talentoso Kimpembe, que tem ganhado muitos elogios na França. Poupados do último duelo, Cavani e Verratti estão de volta e à disposição do técnico Unai Emery. Thiago Motta é dúvida.

Prováveis escalações:

Anderlecht: Boeckx, Deschacht, Appiah, Kums e Hanni; Mbodji, Trebel, Gerkens e Dendoncker; Teodorczyk e Onyekuru. Técnico: Hein Vanhaezebrouck

PSG: Areola, Daniel Alves, Marquinhos, Kimpembe e Kurzawa; Thiago Motta (Draxler), Verratti e Rabiot; Mbappé, Cavani e Neymar. Técnico: Unai Emery
Créditos: Globo Esporte