Didimokof

Didimokof se prepara para participar do torneio de Street Fighter V na França

O técnico em radiologia de 29 anos ganhou o apelido de Didimokof por suas semelhança com o humorista Renato Aragão, famoso pelo personagem Didi Mocó, um dos integrantes dos "Trapalhões".

Boa parte dos nicks – os nomes utilizados pelos gamers durante as jogatinas -, nasce de uma história engraçada ou de um apelido de infância. Com o paulistano Renato Martins, atual 9º colocado no ranking mundial de Street Fighter V, não foi diferente. O técnico em radiologia de 29 anos ganhou o apelido de Didimokof por suas semelhança com o humorista Renato Aragão, famoso pelo personagem Didi Mocó, um dos integrantes dos “Trapalhões”.

“Eles dizem que eu pareço com ele, mas meu pai parece muito mais. Se você ver meu pai, você pede até autógrafo”, brincou o jogador em conversa com o ESPN eSports. As semelhanças com o humorista não param por aí: além do nome igual e da aparência de “sósia”, Didimokof também revelou que eles são parentes distantes. “Meu pai é primo de terceiro ou quarto grau dele”, explicou.

A variação do nome nasceu da junção das semelhanças entre os Renatos e de uma paixão do menos famoso deles: o The King of Fighters, o KOF, jogo de luta que fez sucesso nos fliperamas do país.

“O pessoal já me chamava de Didi por causa da semelhança, aí durante o Treta [torneio de jogos de luta em Curitiba] em 2014, alguém falou para eu usar ‘Didimokof’. Todo mundo riu e eu acabei adotando, sob a condição de que todos usariam um nick escolhido pelo outro no próximo campeonato. Aconteceu que ninguém usou, mas eu acabei ficando com esse”, completou o jogador.

Apesar do nome curioso e da alta colocação nas ranqueadas, Didimokof quer aparecer também por outro motivo: o Red Bull Kumite. A AAG, equipe do jogador preparou uma campanha para arrecadar fundos para enviar Didimokof para o torneio internacional, que ocorre nos dias 27 e 28 de maio, na França.

Para isso, a AAG organizou uma campanha no site Kickante. O objetivo é arrecadar cerca de R$ 4,8 mil para ajudar a custear passagens, hospedagem e alimentação do jogador em Paris, sede do torneio. Até o momento, pouco mais de R$ 2 mil foram arrecadados.

Com um treino por semana, Didimokof bateu de frente com melhores do país

Depois de dedicar boa parte da vida em competições, amadoras e profissionais, de KOF, Didimokof deixou o título de lado e passou a jogar Street Fighter V. “Eu já tinha jogado o Ultra Street Fighter IV só para brincar, mas aí saiu o V e eu comecei a jogar para valer”, contou o jogador, que adotou o Dhalsim como personagem principal.

Didimokof afirmou que ia semanalmente a um arcade em São Paulo para jogar. “Eu não tinha nem PlayStation 4 e nem um PC bom, então ia lá para jogar. Comecei a participar dos campeonatos, depois de ficar em segundo e em terceiro nos primeiros, comecei a ganhar tudo e fui campeão 15 vezes seguidas”, afirmou.

O bom desempenho nas competições locais levou Didimokof até o CACOMP 2016, torneio da Capcom Pro Tour que ocorreu em Brasília. Mesmo treinando uma vez por semana, o jogador conseguiu bater de frente com os concorrentes e terminou em sétimo lugar na competição, sendo derrotado apenas por Justin Wong e Thomas “Brolynho” Proença.

Fonte: ESPN