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Cris Cyborg detona Amanda Nunes: 'Está usando o meu nome para criar sua marca'

Cris Cyborg disse que a sua rival 'está usando seu nome para criar sua marca'

A superluta entre a campeã dos penas, Cris Cyborg, e Amanda Nunes, dona do título dos galos, é especulada desde o ano passado. E a curitibana, que parece estar cansada de esperar o confronto virar realidade, detonou a compatriota, em comunicado enviado ao Combate.com, nesta quinta-feira.

– Estou começando a pensar que a Amanda Nunes só começou a citar o meu nome para negociar um novo contrato com o UFC. Assim como muitas outras garotas, ela está usando o meu nome para criar sua marca.
Cyborg sabe que Amanda tem luta marcada contra Raquel Pennington para o UFC 224, no Rio de Janeiro, dia 12 de maio. Desta maneira, a curitibana quer encarar a “Leoa dos Ringues” em julho e, caso a compatriota decline, ela garante que vai pedir à sua equipe que escale outra oponente no evento.

– Se Amanda não está pronta para lutar no UFC 226, em Las Vegas, tenho que dizer ao meu time que quero lutar contra quem esteja pronta. Expliquei ao meu empresário que, se Amanda vencer no Rio e se negar a lutar em julho, não vou investir mais meu tempo tentando realizar esse combate. Podemos retomar isso se Amanda decidir voltar ao peso-pena e se estabelecer como a desafiante número 1. O legal de Amanda enfrentar Pennington no Brasil é dar à minha equipe a oportunidade de ver a base de fãs que ela tem no país e quanto pay-per-view ela poderá vender nos Estados Unidos, nos dando uma noção melhor do lado dela na superluta” – afirma a veterana em um trecho do comunicado.

Confira na íntegra:

“Estou começando a pensar que a Amanda Nunes só começou a citar o meu nome para negociar um novo contrato com o UFC. Assim como muitas outras garotas, ela está usando o meu nome para criar sua marca. Ela fala que mandou uma mensagem de texto para o Dana White dizendo que queria voltar a lutar logo e que não queria ficar esperando por uma luta, mas quando você olha para o recorde da garota e vê o recorde dela mesma, que só lutou uma vez em 2017…o UFC 224 vai acontecer quase um ano depois da sua última luta contra a Valentina – uma luta contra uma peso-mosca que muita gente acha que ela perdeu.

Antes deu lutar contra a Holly Holm, o treinador da Amanda saiu dando entrevistas dizendo que ela queria me enfrentar. Imediatamente após a luta contra a Holly, eu dei a ela a data de julho, e ela ficou quieta. Você pode ver a minha conversa com a namorada dela no Twitter. Quando o UFC me ligou para aceitar a luta em cima da hora e salvar o UFC 222, eu pedi a Amanda Nunes, mas repentinamente ela disse que não estava pronta, e o UFC não conseguiu que ela aceitasse a luta.

Em uma entrevista a Amanda diz para as pessoas que ela só queria voltar ao octógono para se manter ativa e que é por isso que ela queria lutar contra mim. Mas aí ela dá outra entrevista dizendo que precisa de tempo para ganhar peso antes de aceitar me enfrentar.

As pessoas precisam entender que o meu time de empresários já dedicou muito tempo tentando fazer essa luta acontecer. No dia 7 de julho será praticamente seis meses desde que derrotei a Holly e desde que a Amanda me desafiou, ou seja: tempo mais do que suficiente para que ela se ajustasse no peso-pena. A Amanda não é uma peso-galo pequena, ela só não teve sucesso nos penas para conquistar uma chance ao título contra mim. Quando a Amanda cancelou a luta contra a Valentina, eu não estava nem aí para o que ela disse, mas pessoas do time dela me disseram que ela teve um péssimo corte de peso e não aquela desculpa de “sinusite” que ela deu para fugir da luta.

Estou mirando uma data em julho. Amanda está se preparando para competir no UFC 224 em vez de aceitar a nossa luta e começarmos a promovê-la. A realidade é que minha equipe está tentando colocar acertar isso desde dezembro. Se Amanda está dizendo que precisa de mais tempo do que julho (seis meses) para ficar no peso e lutar, então mostra que ela não tem planos de voltar ao peso-galo depois da nossa luta.

Se Nunes planeja que essa superluta aconteça em janeiro, acredito que ela precisa ser honesta com os fãs e vagar o cinturão do peso-galo, porque há meninas, como Ketlen Vieira, que conquistaram o title shot e não merecem aguardar um ano para isso.

Se Amanda não está pronta para lutar no UFC 226, em Las Vegas, tenho que dizer ao meu time que quero lutar contra quem esteja pronta. Expliquei ao meu empresário que, se Amanda vencer no Rio e se negar a lutar em julho, não vou investir mais meu tempo tentando realizar esse combate. Podemos retomar isso se Amanda decidir voltar ao peso-pena e se estabelecer como a desafiante número 1. O legal de Amanda enfrentar Pennington no Brasil é dar à minha equipe a oportunidade de ver a base de fãs que ela tem no país e quanto pay-per-view ela poderá vender nos Estados Unidos, nos dando uma noção melhor do lado dela na superluta”.

Fonte: Globo Esporte
Créditos: Globo Esporte