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Copa do Mundo: Fifa indicia Rússia por caso de racismo em amistoso com a França

A RFU declarou que está contribuindo com as investigações da Fifa.

Após abrir uma ação disciplinar, a Fifa indiciou a Rússia, país-sede da Copa do Mundo, por um caso de racismo envolvendo seus torcedores. A investigação se dá menos de dois meses antes do início do torneio e tem relação com incidentes ocorridos em um amistoso contra a seleção francesa em março.

Neste jogo, que foi disputado em São Petersburgo e que terminou com derrota da Rússia por 3 a 1, foram ouvidos cânticos imitando sons de macaco direcionados a jogadores negros da França, incluindo Paul Pogba.

“O processo disciplinar foi aberto contra a Federação Russa de Futebol (RFU, na sigla em inglês) por este incidente”, disse a Fifa.

A RFU declarou que está contribuindo com as investigações da Fifa.

“Um pedido foi feito ao Ministério do Interior para identificar várias pessoas que estavam envolvidos nestes incidentes. Se a culpa das pessoas for comprovada, então há uma grande probabilidade de eles não terem permissão para assistir os jogos da Copa do Mundo e do Campeonato Russo”, disse o diretor antidiscriminação da federação, Alexei Smertin à agência de notícias Tass.

NÃO É NOVIDADE

A Rússia foi acusada anteriormente de comportamento racista dos seus torcedores na duas últimas edições da Eurocopa. Em ambas as ocasiões, a federação do país pagou multas.

Trata-se do terceiro caso de racismo nesta temporada em São Petersburgo, que receberá uma das semifinais da Copa do Mundo. Antes, o Zenit enfrentou duas denúncias por situações semelhantes em jogos da Liga Europa.

Em uma delas, em dezembro, o time russo foi multado porque um torcedor exibiu uma faixa que elogiava Ratko Mladic, ex-militar sérvio, responsável pelo Massacre de Srebrenica, em julho de 1995, que resultou na morte de oito mil muçulmanos bósnios. Esse incidente se deu em duelo com o Vardar, da Macedônia. O outro caso de racismo foi contra um jogador negro do RB Leipzig e será julgado em 31 de maio pela Uefa.

 

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão