Após cirurgia

Após acidente em rio, Petrúcio temeu ficar tetraplégico: “Por sorte não foi o meu caso”

O campeão paralímpico e mundial de atletismo Petrúcio Ferreira passou por cirurgia após fraturar o maxilar e quebrar dois dentes. Ao decidir tomar um banho de rio, o velocista bateu a cabeça em uma pedra. Em recuperação depois do procedimento médico, ele deu uma entrevista e revelou que temeu ficar tetraplégico por causa do impacto.

O campeão paralímpico e mundial de atletismo Petrúcio Ferreira passou por cirurgia após fraturar o maxilar e quebrar dois dentes. Ao decidir tomar um banho de rio, o velocista bateu a cabeça em uma pedra. Em recuperação depois do procedimento médico, ele deu uma entrevista e revelou que temeu ficar tetraplégico por causa do impacto.

O caso de Petrúcio é parecido com o de Marcelo Rubens Paiva. O escritor e jornalista é autor do livro “Feliz Ano Velho”, no qual fala sobre o acidente que o deixou tetraplégico ao bater a cabeça depois de saltar de uma pedra em uma lagoa, em Campinas, no interior de São Paulo.

– Isso pode acontecer em casos mais graves, o que por sorte não foi o meu caso – comentou Petrúcio Ferreira..

Petrúcio Ferreira permanece em observação no Hospital Nossa Senhora das Neves (HNSN), em João Pessoa. O médico responsável pela cirurgia, José Lacet de Lima, explicou a situação do corredor. No primeiro atendimento, no Sertão da Paraíba – local do acidente -, já foi descartado qualquer problema mais grave.

– A gente remete (este caso) logo ao caso de Marcelo Rubens Paiva. Mas o caso de Petrúcio foi diferente por não bater a cabeça, o crânio, propriamente dito. Ele teve um trauma, quase que deslizante. O trauma foi na face. É um pouco complicado entender dissociadamente a face do crânio. Mas o crânio, apesar de não ter uma relação íntima, ele tem uma relação direta na questão do trauma. São traumas independentes. Na questão do trauma craniano, do trauma servical raquimedular (lesão que ocorre na coluna vertebral e que danifica a medula espinhal), que é o grande questionamento, isso não existiu. Isso já foi descartado no primeiro atendimento, no Sertão da Paraíba. No Hospital de Trauma (em João Pessoa) e também no HNSN, assim que ele deu entrada, essa possibilidade foi descartada. A gente entende a preocupação dos admiradores do campeão, mas quanto a isso, graças a Deus, ele está totalmente livre. Não tem nenhum problema na articulação do pescoço. Ele fala, está comunicante e super colaborativo – comentou José Lacet de Lima.

Com possibilidade de alta nesta quinta-feira, Petrúcio quer retomar os treinamentos rapidamente. O corredor na classe T47 (para quem tem membros amputados abaixo do cotovelo) deve retomar normalmente a preparação para os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, e para o Mundial de Doha, no Catar, em agosto e novembro, respectivamente.

– Estou passando por algumas dores, faz parte do processo, mas sei que daqui a 15 dias já quero estar melhor para voltar a treinar. A partir de maio, quero estar 100% para encarar os desafios – disse o recordista mundial nos 100m e 200m rasos.

Neste ano, Petrúcio Ferreira quebrou a própria marca e estabeleceu o novo recorde mundial nos 100m rasos, com 10s50 no Grand Prix de Paris em junho. Depois, já no mês de julho, também conseguiu o mesmo feito, mas nos 200m rasos, ao atingir 21s17.

O paraibano também é campeão paralímpico nos 100m rasos e medalha de prata nos 400m na Rio 2016. Ele segue na briga para conquistar uma vaga nos Jogos de Tóquio no ano que vem.

Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Globo Esporte PB