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VEJA VÍDEO: Zezé de Camargo nega ditadura no Brasil, mas cena em Dois Filhos de Francisco mostra censura

Nesta segunda-feira (11), o cantor Zezé di Camargo tomou as redes sociais após publicadas as declarações à jornalista Leda Nagle sobre a história da política no Brasil. Segundo o sertanejo, não houve ditadura militar no país e sim um “militarismo vigiado”.

“Muita gente confunde militarismo com ditadura. Todo mundo fala ‘nós vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado”, afirmou Zezé. “Ditadura é a Venezuela, Cuba com Fidel Castro, Hungria, Coreia do Norte, China,… Esses são realmente ditadores”, continuou o cantor.

Em sua declaração, ele também apontou que o Brasil “nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou está morto”. A jornalista ainda lembrou o cantor que, segundo os livros de história, de 1964 (quando os militares tomaram o poder) a 1985 houve tortura, prisões e mortes, mas Camargo rebateu: “mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta como a gente vive até hoje no mundo de hoje”.

Para o cantor sertanejo, o Brasil precisaria passar por uma “depuração”. “(O país) até podia pensar no militarismo para reorganizar a coisa e ‘entregar’ de novo”, explicou. Ele, entretanto, ressaltou que não defende uma ditadura e acredita que este modelo de poder autoritário não daria certo.

Censura no filme

Em uma das cenas do filme Dois Filhos de Francisco, que conta a trajetória de vida de Zezé di Camargo, o cantor tem sua música censurada em uma rádio local por denegrir o regime militar. A faixa dizia “viva as forças armadas e a sua tirania”.

O locutor da rádio, ao ouvir este trecho da canção, afirma “daqui a pouco a censura baixa aqui e vai todo mundo preso. O presidente do Brasil é um militar, você não sabia, não? Tá ficando doido?”

Relembre o momento:

“Muito politizado”

Na mesma entrevista à jornalista Leda Nagle, Zezé di Camargo, que se considera “muito politizado” (palavras do cantor), revelou que recebeu diversos convites para pleitear um cargo público nas eleições. “Já conversei com alguns políticos. Eles ficaram impressionados com meus conhecimentos, mas não tenho vocação”, explicou.

Assista à entrevista de Zezé di Camargo: