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Tem país querendo punir donos de grupos no WhatsApp por notícias falsas

Imagina você ficar responsável pelo conteúdo que outros publicam em grupos?

Imagina você ficar responsável pelo conteúdo que outros publicam em grupos?

Você já imaginou se os administradores dos grupos de WhatsApp pudessem ser punidos por aquilo que os membros escrevem? Pois é isso que a Malásia está planejando.

O ministro malaio das Comunicações, Johani Gilani, alertou que leis sobre mídia existentes no país podem ser usadas para processar os usuários do aplicativo por causa dos links que eles compartilham.

As informações foram publicadas pelo jornal local “Berita Harian”. A publicação afirma que as pessoas poderiam ser presas se elas “colocassem em risco a segurança nacional”.

O alerta é para evitar a polêmica das notícias falsas, que se espalham na internet em todo o mundo. O Ato das Comunicações e Multimídia da Malásia, de 1998, proíbe a propagação de informações falsas, difamação, incitação, fraude e divulgação de segredos oficiais.

A intenção do ministro é que os administradores de grupos em que ocorram infrações com base na lei sejam “chamados para ajudar as investigações”. Já aqueles que permitam a divulgação de informações falsas poderão ser punidos.

Johari afirma que os administradores de grupos devem filtrar as notícias antes de elas serem compartilhadas. No último mês de julho, autoridades do país acusaram um homem de 76 anos por compartilhar uma foto que insultava o primeiro-ministro do país, Najib Razak, em um grupo no aplicativo.

O problema da ação é que os administradores de grupos não têm tantos poderes – normalmente eles são apenas pessoas que criaram o grupo ou que receberam o poder por outro administrador para adicionar novos usuários. Além disso, muitas pessoas alegam que não podem evitar que outras postem notícias falsas ou que é impossível monitorar um chat com centenas de membros.

Algo parecido ocorreu na Índia, mas a Suprema Corte do país definiu que os administradores de grupos no WhatsApp não são responsáveis pelo conteúdo postado por membros. Mesmo assim, um juiz permitiu que as pessoas façam boletins na polícia contra grupos ou administradores por conteúdo falso ou difamatório.

Imagina se a moda pega no Brasil? Provavelmente não ia sobrar um administrador de grupo por aí…

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Fonte: Uol