Polícia encontra fuzis em carro usado por terroristas em ataques em Paris

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Jean François Monier/AFP

Homenagens às vítimas do ataque terrorista desta sexta (13) em Paris, que matou 129 pessoas
DA AFP

Depois de identificar um primeiro jihadista envolvido nos ataques de Paris, os investigadores concentram suas atenções em potenciais cúmplices e patrocinadores, as pistas levam até a Grécia e a Bélgica.

Seis pessoas próximas a Omar Ismail Mostefai, o suicida francês identificado como um dos autores do ataque na casa de espetáculos Bataclan, em Paris, estão sob custódia, incluindo seu pai e irmão e a esposa deste último, informaram fontes judiciais e policiais.

Um carro preto da marca Seat, utilizado nos tiroteios de sexta-feira à noite em um bar e restaurante, também foi encontrado em Montreuil, nos subúrbios leste de Paris, segundo fontes policiais. Vários fuzis kalashnikov, do mesmo tipo que os utilizados nos ataques em Paris na sexta-feira à noite, foram encontrados no carro. Testemunhas relataram a presença de um Seat preto utilizado pelos atacantes em três locais dos ataques contra bares e restaurantes no leste de Paris.

O pai e o irmão do atacante, morto na explosão de seu cinto de explosivos, foram detidos na noite de sábado e buscas foram realizadas em suas casas em Romilly-sur-Seine (leste da França) e Bondoufle (arredores de Paris).

Reuters

Nascido em Courcouronnes, subúrbio de Paris, foi condenado por vários crimes comuns e fichado por sua radicalização islamita a partir de 2010, mas “nunca tinha sido envolvido em um caso” jihadista, segundo a justiça.

Dois dias após os ataques, os mais mortíferos da França – que deixaram mais de 120 mortos e mais de 350 feridos – os investigadores também encontraram, perto do corpo de um homem-bomba do Stade de France, um passaporte sírio pertencente a um migrante registrado na Grécia, segundo Atenas.

A investigação também aponta para uma pista na Bélgica. Três pessoas foram presas pelas autoridades locais. Entre elas, o homem que alugou o carro Polo preto dos suicidas encontrado estacionado em frente ao Bataclan, palco do mais mortal dos ataques, com ao menos 89 mortos.

Luto nacional

Os três suspeitos “não são conhecidos dos serviços de inteligência franceses”, indicou o procurador de Paris, François Molins. Os investigadores buscam compreender se alguns dos atacantes conseguiram escapar e se outros ataques estão em preparação.

Segundo o procurador de Paris, três equipes participaram nos atentados. Sete terroristas morreram no curso de suas ações criminosas, mas outras pessoas podem estar envolvidas nos ataques.

Três jihadistas morreram no Bataclan, outros três fizeram-se explodir perto do Stade de France, onde 80.000 pessoas, incluindo o presidente François Hollande, assistiam a uma partida de futebol entre a França e a Alemanha, e um no Boulevard Voltaire, no leste de Paris.

Folha