29 milhões de novos assinantes

Netflix tem recorde de assinantes, mas receita cresce menos que o esperado

Crescimento da base de assinaturas veio de países fora dos EUA, um aumento de 42%

A Netflix superou sua estimativa de crescimento e adicionou 8,8 milhões de assinantes ao serviço de streaming no último trimestre de 2018, um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia em relatório divulgado nesta quinta-feira (17).

O número esperado era de 7,6 milhões de pessoas.

A grande parte de novos usuários veio de fora dos Estados Unidos (7,3 milhões), um crescimento de 42%. Em 2018, a empresa registrou 29 milhões de novos assinantes, contra 22 milhões em 2017.

Logo da Netflix no escritório de Los Angeles, na Califórnia
Logo da Netflix no escritório de Los Angeles, na Califórnia – Lucy Nicholson/Reuters

As ações fecharam o dia com queda de 0,64%. Nas negociações posteriores ao fechamento do mercado, caíram 4%.

Para o primeiro trimestre de 2019, a empresa americana projeta 8,9 milhões de novos assinantes, 8% de crescimento no comparativo anual.

Esta semana, a Netflix anunciou que o serviço de streaming ficará mais caro nos Estados Unidos. O plano básico passará de cerca de US$ 11 para US$ 13. No Brasil, a assinatura segue com o mesmo valor.

“Mudamos os preços de tempo em tempo para continuar investimento em bom entretenimento e melhorando a experiência da Netflix”, disse em relatório financeiro.

No ano passado, a companhia elevou os preços no Canadá, na Argentina e no Japão.

Para garantir a manutenção de clientes e novas assinaturas, a Netflix aposta em conteúdos originais. Em breve, terá concorrentes de streaming como WarnerMedia, da AT&T, e Walt Disney.

Entre os destaques estão o filme Bird Box, com a atriz Sandra Bullock e direção de Susanne Bier, que a companhia estima que seja assistido em em 80 milhões de casas, e Roma, filme de Alfonso Cuarón. A produção em língua espanhola é importante para o público de fora dos Estados Unidos.

A receita cresceu 27% em relação ao ano anterior, para US$ 4,19 bilhões, menos do que os US$ 4,21 bilhões aguardados pelos analistas. O lucro caiu para US$ 134 milhões, queda de 28% em relação aos US$ 186 milhões.

A empresa encerrou o ano com 139 milhões de assinantes em todo o mundo.

Fonte: Folha de S. Paulo
Créditos: Folha de S. Paulo