JULGAMENTO SUMÁRIO: Pai de santo envolvido na morte do menino de Sumé é assassinado no presídio

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O pai de santo suspeito de envolvimento na morte do menino de cinco anos em Sumé, no Cariri paraibano, foi assassinado dentro da cela onde estava recolhido em João Pessoa. O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (16) e o padrasto da criança confessou ter matado o homem.

Segundo o padrasto do menino Everton Siqueira, identificado como Daniel, ele teria asfixiado João Batista, o pai de santo possivelmente envolvido no ritual de magia negra, onde supostamente o menor foi sacrificado. Daniel conta que matou João Batista depois que o religioso contou como matou a criança.

Ainda de acordo com o autor confesso, a vítima ainda implorou para não ser morta enquanto Daniel o dava uma “chave de braço” no pescoço, para sufocá-lo. Segundo informações, três estavam na mesma cela, no pavilhão três, isolados dos outros detentos do PB1, o Complexo Penitenciário de Jacarapé: o padrasto, o pai de santo e um terceiro homem. “A vítima estava caída ao solo dentro do banheiro e com uma camisa de malha em volta do pescoço.”

Daniel conta, sem arrependimentos, que matou o pai de santo. “Ele tirou a vida de um inocente. Se fosse preciso, eu matava ele de novo. Se [na cela] tivesse uma faca, eu juro que tinha espatifado ele. Do jeito que ele fez com meu filho, eu tinha feito com ele.” O homem ainda relata que não asfixiou, mas deu socos na vítima. “Dei uns murros nele e tirei minha camisa na hora que ele confessou, e enforquei ele.”

Com tranquilidade, o padrasto da criança detalhou o momento em que o pai de santo apelou pela vida. “Na hora que eu segurei ele e dei uma ‘gravata’ com a camisa no pescoço ele pediu: ‘não me mate, não’. Dai eu perguntei: ‘você pensou em não matar meu filho?’ Aí ele ficou se batendo e quando terminou de se bater, eu soltei ele.”

De acordo com o delegado Paulo Josafá, da Delegacia de Homicídios, Daniel é réu confesso e relata o fato. “Vai ser autuado por crime de homicídio e ele, praticamente, descreve o fato criminoso que acabou de praticar no presídio.”

Um terceiro homem, identificado como Paulistinha, também foi levado para o PB1 juntamente com o pai de santo e o padrasto do menino, na madrugada dessa quinta-feira (15). Ele não teve envolvimento com a morte desta madrugada, segundo o padrasto da criança.