Fecomércio diz que consumidores estão mais confiantes em melhorias na economia nacional

Comparação é feita em relação ao mês passado

comprasCom a proximidade do fim de ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na Região Metropolitana de João Pessoa teve uma leve alta de 0,57% em novembro, atingindo 95,58 pontos. A comparação é feita em relação ao mês passado, quando o índice registrou 95,04 pontos. Apesar deste aumento, o índice ainda se encontra abaixo dos cem pontos, que representa a fronteira entre o pessimismo (abaixo de cem) e o otimismo (acima de cem) em relação à situação econômica a curto e médio prazo, numa escala que varia de 0 a 200. Os dados foram divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP).

Para o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, diversos fatores contribuíram para o crescimento da confiança do consumidor neste mês. “O resultado do índice neste mês pode ser atribuído, em parte, à festa natalina, o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário e o surgimento de empregos temporários nesta época do ano”, declarou.

Na análise por gênero, o aumento da confiança foi maior entre os homens, com expansão de 0,9%, enquanto as mulheres registraram aumento de 0,35%. Em relação ao estado civil, os casados ou em união estável apresentaram a maior alta, com 0,86%. Por escolaridade, consumidores que possuem ensino superior completo estão mais confiantes, com uma expansão de 0,39%, e por renda, a maior expansão (1,35%) foi registrada entre aqueles que possuem rendimentos entre três e quatro salários mínimos.

A alta registrada na comparação entre outubro e novembro de 2015 foi puxada pela expansão de 1,95% no Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que mede o sentimento do consumidor em relação à sua situação futura. Neste indicador, o percentual de entrevistados que avaliaram como “melhor” a situação futura subiu de 34,54% em outubro para 47,79% em novembro, enquanto os que avaliaram como “pior” caiu de 27,58% para 24,68%. Já o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a confiança em relação à situação atual, apresentou uma retração de 1,25%. Os que avaliaram como “melhor” a atual situação familiar caiu de 18,45% para 18,01%, enquanto os que classificaram como “pior” subiu de 44,64% para 46,21% na comparação outubro / novembro 2015.

Em relação à estabilidade de seus empregos, a parcela de entrevistados que se sentem “seguros” ou “extremamente seguros” caiu de 31,42% em outubro para 30,99% em novembro, enquanto o percentual que se sentem “nada seguros” ou “um pouco seguro” subiu de 50,64% para 54,38%.

Na comparação anual, o ICC registrou retração de 14,69% em relação a novembro de 2014, quando foi registrado um otimismo de 112,04 pontos, e no acumulado do ano, a redução foi de 15%. “Dentre os fatores que influenciaram negativamente o resultado na comparação anual estão a queda na renda real do trabalhador, aumento do desemprego, crédito ao consumidor mais caro e restrito e taxas de juros e de inflação em patamares elevados”, declarou Marconi Medeiros.

O Índice de Confiança do Consumidor é realizado na Região Metropolitana de João Pessoa e tem por objetivo fazer diagnóstico de um conjunto de informações econômicas, construídas a partir de respostas sobre as condições atuais e futuras, esperadas pelos consumidores em níveis micro e macroeconômicos. A escolha da amostra apresenta um índice de confiança de 95% e um erro amostral de 4,90%. Para atender a precisão desejada, a amostra foi estimada em aproximadamente 400 entrevistas, sendo os participantes escolhidos de forma aleatória em diversos pontos onde ocorre maior concentração de consumidores.

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