'O Mundo do Nariz Vermelho'

Estação Cabo Branco abre exposição sobre universo do circo nesta quinta-feira

O Mundo do Nariz vermelho tem uma equipe formada por profissionais de referência no circuito cultural. Além da fotografia de Léo Lima, a exposição tem curadoria de Iezu Kaeru, expografia de Isabella Estamponine e a produção é feita por Uhélio Gonçalves.

O universo de cores, caras e bocas, sorrisos, malabarismos, encanto e diversão terá uma “janela mágica” em João Pessoa através da exposição fotográfica “O Mundo do Nariz Vermelho”, que retrata o circo e seus realizadores. Com imagens do fotógrafo pernambucano Léo Lima, a mostra é um projeto patrocinado pelo Funcultura, edital de fomento estatal de Pernambuco que apoia iniciativas artístico-culturais. Depois de uma temporada na Ilha de Fernando de Noronha (PE), a exposição chega à Paraíba e ficará aberta durante um mês no espaço da Estação Cabo Branco, a partir dessa quinta-feira (16), às 16h.

A exposição foi idealizada pelo fotógrafo e produtor cultural pernambucano Léo Lima, que em seu trabalho busca imprimir um estilo documental e ao mesmo tempo um espírito empreendedor para desenvolver seus projetos. Recentemente, ele buscou novos rumos para seus trabalhos, sempre focado nos aspectos do cotidiano do povo nordestino, fazendo seus registros com muito veracidade e respeitando a singularidade de cada lugar por onde passa e de cada pessoa que sua lente foca.

Agora ele resgata o cotidiano dos palhaços que moram nos circos da Capital e do interior de Pernambuco. “No mundo do nariz vermelho transpassei por picadeiros cheios de vida, mas também por palcos que forçosamente acabaram aposentando a lona, e mesmo assim, me acolheram para que juntos pudéssemos mostrar através da imagem um cotidiano muitas vezes inimaginável, pelo menos um por cento desses homens com narizes vermelhos estão sempre com sorrisos nos rostos, mas nem sempre são alegres”, explicou Léo Lima.

A produção de “O Mundo do Nariz Vermelho” vem trabalhando no projeto desde março desse ano. Em abril, foi realizada uma visita técnica que acertou os detalhes sobre o espaço da exposição e a montagem. Serão 20 fotos 30×35 e 10 fotos 60×90 impressas em papel fine art, iluminadas com gambiarras e luz amarela para recriar um ambiente mágico do mundo do circo. Cada detalhe da montagem foi pensado para receber as pessoas que gostam da arte circense, as emoções do palhaço, suas tristezas e também frustrações, a alegria e o lirismo que esse universo traz.

Acessibilidade

Outro diferencial da exposição é a acessibilidade. Deficientes visuais vão poder apreciar o trabalho fotográfico de “O Mundo do Nariz Vermelho” através do uso de audiodescrição, que será disponibilizada em um CD que virá junto do catálogo e também vai estar disponível via equipamento de fone de ouvido para os visitantes que precisarem.

Equipe

O Mundo do Nariz vermelho tem uma equipe formada por profissionais de referência no circuito cultural. Além da fotografia de Léo Lima, a exposição tem curadoria de Iezu Kaeru, expografia de Isabella Estamponine e a produção é feita por Uhélio Gonçalves.

Conexão com a Paraíba

Para Larissa França, responsável por selecionar a mostra para a programação da Estação Cabo Branco, “O Mundo do Nariz Vermelho” traz à tona um universo de maravilhas que é o circo. “Reunir memórias do circo brasileiro em uma exposição com a ambiência e estética capazes de fazer do visitante da Estação Cabo Branco um verdadeiro respeitável público é algo valoroso. É uma exposição completa, pois traz consigo o registro e a arte, por meio da fotografia do Léo Lima, que apresenta consigo uma imersão que foi pensada por toda equipe de curadores, produtores e agentes criativos que se envolveram no projeto”,         acrescentou.

A vinda da exposição para a capital paraibana surge de uma parceria entre a Fundarpe, órgão estatal de cultura de Pernambuco que gerencia o Funcultura e a Estação Ciência, vinculada à Secretaria de Educação da de João Pessoa.  Sobre essa parceria, a diretora geral da Estação Cabo Branco, Mariane Góes, destaca a importância do incentivo público a atividades artísticas e a receptividade do espaço à mostra. “A Estação recebe com muita alegria e entusiasmo essa bela homenagem ao mundo do circo e seus encantadores personagens”, justificou Mariane.

Fonte: Paraiba já
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