Em programa ao vivo, apresentadora sofre assédio e abandona o palco -VEJA VÍDEO


Durante um programa ao vivo, apresentador aperta o seio da colega de trabalho depois de assediá-la e tentar agarrá-la abertamente por vários minutos. Constrangida, Tania Reza se retira do palco: “Não posso trabalhar assim”. Após repercussão negativa, emissora teria obrigado ambos a gravarem vídeo afirmando que tudo não passou de encenação

A emissora mexicana Televisa anunciou nesta semana a demissão de dois apresentadores envolvidos em um caso de abuso sexual que foi transmitido ao vivo (vídeo abaixo). Além do autor do abuso, a vítima também foi desligada da emissora.

Durante o incidente, a mulher se queixou da agressão, mas o apresentador Enrique Tovar respondeu que “não foi nada”. Tania Reza deixou o palco em seguida. “Não posso trabalhar assim”, disse ela.

Depois da repercussão negativa do episódio, a Televisa publicou um vídeo em seu canal do YouTube em que ambos dizem que tudo foi uma brincadeira que saiu do controle. “A verdade é que não tomamos consciência de até onde isso chegaria”, diz Reza ao lado de Enrique Tovar, seu colega num programa da Televisa em Ciudad Juárez. “Na vida real somos os melhores amigos, comemos, tapas, palmadas…”, diz, entre risos, Tovar.

No entanto, Tania revelou em sua página do Facebook que a rede Televisa a pressionou para declarar que o assédio sofrido ao vivo era uma montagem. “Lamentavelmente, existe nestas situações uma pressão por parte das empresas e uma obrigação de dizer (ou inclusive gravar) que sou a culpada, com outras pessoas lavando as mãos”, escreveu. “Que seja dita a verdade. Se me obrigarem a tirar isto do ar, ao menos, já pus em minhas redes sociais.”
Na tarde de segunda, o Conselho Nacional para a Prevenção da Discriminação (Conapred) abriu processo contra Enrique Tovar por discriminação contra a colega. “Diversos veículos de comunicação difundiram a maneira que Enrique Tovar assediou sexualmente Tania Reza, com atitudes que podem ser consideradas discriminatórias e contrárias aos direitos da mulher”, diz o comunicado do Conapred