DERRUBOU O AVIÃO POR QUE ? Copiloto se afastou por depressão em 2009, diz imprensa europeia

O promotor público de Marselha, Brice Robin, afirmou que a teoria mais plausível para o trancamento do piloto do voo da Germanwings fora da cabine foi a ação do copiloto. Segundo Robin, Andreas Lubitz estaria consciente, teria negado o acesso do capitão da aeronave ao cockpit e acelerado o avião para baixo.

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PARIS/BERLIM – O copiloto do voo da Germanwings, acusado de provocar a queda do avião com 150 pessoas a bordo, era novo na empresa, mas havia cumprido todos os treinamentos com grau de excelência. Com 28 anos, Andreas Lubitz era da cidade de Montabaur, próxima a Franfkurt, Dortmund e Colônia. Ele tinha 630 horas de voo e era um funcionário exemplar, segundo Carsten Spohr, CEO da Lufthansa. No entanto, teria se ausentado por três meses durante o treinamento em 2009 por motivos de depressão, segundo amigos.

Lubitz foi treinado pela equipe da Lufthansa em um centro especializado, a partir de 2008. Ele chegou a fazer uma pausa no treinamento, mas logo voltou — não se sabe o motivo, segundo Spohr. Ele passou em todos os exames e testes com excelência, sendo considerado um funcionário exemplar e muito dedicado. Um amigo chegou a dizer que ele se casaria no ano que vem.

Conhecidos ouvidos pela Associated Press afirmaram que ele não tinha quaisquer sinais de depressão. Mas de acordo com a “Der Spiegel” e o “Guardian”, amigos afirmaram que o motivo de seu afastamento em 2009 foram sintomas da doença.

Pessoas próximas contaram aos jornais “Bild” e “Wall Street Journal” que o sonho de Lubitz era se tornar um grande piloto. Um clube de aviação do qual fazia parte escreveu uma nota diznedo que este era seu sonho de infância.

Perguntado sobre questões religiosas ou criminais envolvendo o copiloto, o promotor público de Marselha, Brice Robin, afirmou que não havia menção a ele em qualquer lista de suspeitos de terrorismo. Não haveria quaisquer indícios que apontassem para esta hipótese, ele sustentou. A informação foi reforçada pelo ministro alemão do Interior, Thomas de Maiziere, que disse não haver qualquer relação estimada do copiloto com o terrorismo.

Lubitz morava em Düsseldorf por razões profissionais, mas ainda mantinha residência na casa dos pais, em Montabaur. O local foi revistado ela polícia nesta quinta-feira. Policiais também foram vistos perto do apartamento dele em Düsseldorf.

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