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Carol Duarte afirma que atrizes e prostitutas tem muito em comum

Ela não sabe se a característica vai ser levada para o lado cômico ao longo da trama, mas diz querer evitar cair em um estereótipo.

A atriz Carol Duarte, 26, encara sua segunda novela com a prostituta Stefânia em “O Sétimo Guardião”, trama das 21h da Globo que estreou nesta segunda-feira (12). Ela conta que conversou com prostitutas e visitou bordéis para entender um pouco a rotina delas e compor sua personagem. Nas visitas, percebeu que atrizes e prostitutas têm muito em comum.

“Nós duas usamos o corpo, nós duas usamos nossa imagem, nós duas representamos. Nós duas temos que separar as coisas e não levar tudo para cama”, disse a atriz.

Carol Duarte afirmou que achou curioso quando ouviu das prostitutas que elas não sentiam prazer nas relações sexuais com os clientes, mas que os homens acreditavam que sim. “Elas riam muito disso. Isso me fez perceber que isso é mesmo um trabalho para elas e que o prazer é encontrado em outro lugar.”

Stefânia chegou à fictícia Serro Azul no porta-malas de um carro. Ondina (Ana Beatriz Nogueira), dona da pousada e bordel da cidade, a adotou. No bordel, a atriz vai dançar tango com João Inácio (Paulo Vilhena), por quem irá se apaixonar.

A prostituta deve sofre também com uma gagueira quando está nervosa. Para compor a personagem, Carol Duarte conta que trabalha com uma fonoaudióloga e com o diretor artístico Rogério Gomes para encontrar o tom certo.

Ela não sabe se a característica vai ser levada para o lado cômico ao longo da trama, mas diz querer evitar cair em um estereótipo. “Minha pesquisa é entender o que é engraçado ou não. Por que a gente ri de uma pessoa gaga?”.

Carol Duarte fez carreira no teatro e seu primeiro papel em novela foi o jovem transexual Ivan em “A Força do Querer” (2017), que lhe rendeu boa repercussão. Ela diz, contudo, que ainda estranha a reação em grande escala do público, muito maior do que o alcance do teatro.

“Não sabia o que era, como era uma novela. […] Fico muito feliz com o carinho das pessoas, com a repercussão que teve, mas é esquisito para mim. Eu sou do teatro e lá a repercussão do trabalho é diferente.”

 

Fonte: Folhapress
Créditos: Folhapress