Perigo na internet

Ativistas propõe filtros na internet contra sexualização infantil

A "Freethem" batizou o fenômeno de "Geração Google Pornô", declarando que negar a ligação entre normalização da pornografia e o crescimento do número de crimes sexuais entre adolescentes seria o mesmo que negar mudanças climáticas

Ativistas das organizações de direitos humanos “Freethem Norway” e “Freethem Sweden” expressaram em uma matéria de opinião, publicada pelo canal norueguês “NRK”, que o uso sem restrições de materiais pornográficos por crianças e adolescentes explica o crescimento do número de casos de abuso sexual.

Anteriormente, o Serviço Nacional para Investigações Criminais da Noruega (Kripos, em norueguês) advertiu sobre o número crescente de casos de estupros infantis, feitos por crianças. Apenas no ano passado, foi reportado um crescimento de 60% acima da média, o que “Freethem” relacionou parcialmente ao uso ilimitado de materiais pornográficos que crianças e adolescentes têm acesso.

Além disso, o próprio “NRK” reportou que entre este grupo apareceu a moda de se filmar fazendo sexo e postar os vídeos nas redes sociais. O relato refere-se a crianças de 12 anos produzindo materiais que podem ser classificados como pornográficos, embora, de acordo com a legislação da Noruega, seja proibido distribuir e postar imagens pornográficas de menores de 18 anos. Além do mais, foi comunicado que as crianças e adolescentes da Noruega ocupam o primeiro lugar na Europa em termos de uso de materiais pornográficos, o que foi revelado pela pesquisa “EU Kids Online”.

A “Freethem” batizou o fenômeno de “Geração Google Pornô”, declarando que negar a ligação entre normalização da pornografia e o crescimento do número de crimes sexuais entre adolescentes seria o mesmo que negar mudanças climáticas.

“Seremos nós e as gerações futuras que acabaremos perdendo. O livre acesso e exposição a materiais pornográficos consistem em abuso infantil”, afirmaram os ativistas no artigo.

Para resolver o problema, os ativistas propõem que se introduzam filtros que possam bloquear o acesso às matérias pornográficas. Isto deveria ser realizado, entre outros lugares, na escola, que é onde as crianças e adolescentes recebem introdução ao conteúdo para adultos, acreditam os ativistas.

A “Freethem” comparou o consumo de pornô com o de álcool, que provoca as mesmas alterações no sistema de recompensa do cérebro e leva à dependência.

Caso alguém considere que filtragem é censura que viola a liberdade de expressão, então que leve em conta que do mesmo jeito nós pomos restrições ao acesso de crianças e adolescentes ao álcool, […] o mesmo deveria ser feito com as matérias pornográficas usando filtros.”

“Freethem” é uma organização não governamental internacional que tem sedes na Suécia, Noruega, Alemanha e Áustria. Os ativistas da organização tentam reduzir a demanda por prostituição, pornografia e trabalhos forçados. Com informações do Sputnik Brasil.

Fonte: Noticias ao minuto