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'Alisava o cabelo porque tinha medo de ser eu', diz Iza sobre aceitação

Ela diz que, no começo da carreira, vivenciou algumas situações de preconceito.

A cantora Iza, 27, estreia a turnê de seu primeiro disco “Dona de Mim” nesta sexta (10), com um show em São Paulo. Dona do sucesso “Pesadão”, parceria do Marcelo Falcão, do Rappa, ela afirma ter passado um  bom tempo pensando na sua sonoridade antes do lançamento do hit.

“Eu fiquei um tempão procurando, teve um monte de música para tentar achar o meu som. Quando a gente fez ‘Pesadão’, a gente sabia que seria essa música. Mas eu e a gravadora não sabíamos o que ia acontecer porque era muito diferente do que estava tocando na rádio”, disse a cantora em entrevista ao site Hugo Gloss.

Mas para ela, o melhor foi ser sincera e autêntica para fazer essa escolha. “Eu senti que precisava ser verdadeira comigo mesma, porque se eu não fosse verdadeira comigo mesma e as pessoas gostassem daquilo, eu teria que repetir isso para o resto da vida.”

Iza afirma que o processo todo culminou na inspiração para “Dona de Mim”, tanto a música quanto a turnê. Carioca, ela conta que a música título de seu primeiro álbum também diz respeito ao seu processo de empoderamento e autoconhecimento como mulher.

Ela diz que, no começo da carreira, vivenciou algumas situações de preconceito. “Conforme o tempo foi passando, eu fui me blindando disso […]. Mas lá atrás com certeza que eu tinha esse medo. Por isso que eu alisava o cabelo, porque eu tinha medo de ser eu.”

Hoje, a cantora comanda o programa Música Boa Ao Vivo, na Multishow. Para ela, conhecer tantos artistas e ocupar o cargo que antes pertencia à Anitta é motivo de felicidade e fortalece a representatividade de pessoas negras na mídia.

Engajada em causas sociais, Iza levanta a bandeira da igualdade de gênero não só em suas redes sociais mas também em seu discurso como cantora, na letra de suas músicas e em seus clipes. Sobre a violência de gênero, ela acredita que o mais importante seja conscientizar as vítimas de que elas não têm culpa.

“Nada o que uma mulher faça é motivo para que seja vítima de agressão. Acho que é muito importante que a ajude a desconstruir esse costume que se tem de não se colocar no lugar da vítima. […] Quando a gente começar a entender que a culpabilização da vítima também é uma agressão, talvez as coisas comecem a mudar.”

Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Notícias ao Minuto