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Academia do Oscar livra presidente de acusação de assédio sexual

John Bailey terá cargo à frente de Hollywood mantido

A organização responsável pelo Oscar decidiu que o presidente da Academia de Hollywood, John Bailey, ficará livre das acusações de assédio sexual. A entidade, que concluiu a apuração interna sobre a queixa de abuso de uma mulher, decidiu que o diretor de fotografia, de 75 anos, poderá manter o cargo e descartou novas ações sobre o caso.

O conselho de governadores da Academy of Motion Pictures Arts and Sciences (Ampas) foi unânime ao atestar que “nenhuma ação adicional é merecida” neste caso. Membro da Academia há 15 anos, Bailey assumiu a presidência da Academia em agosto, pouco antes de uma série de denúncias contra o produtor Harvey Weinstein desatar uma movimento anti-assédio em Hollywood, em novembro. Ele conduzirá a entidade por quatro anos.

“As descobertas e recomendações do comitê foram reportadas ao conselho, que endossou a decisão. John Bailey permanece presidente da Academia”, lê-se na nota da organização.

O diretor de fotografia — que se consagrou nos trabalhos de “Gigolô americano”, em 1980, e “Feitiço do tempo”, em 1993 — foi acusado de tentar tocar uma mulher de forma inapropriada em uma set de filmagem, há uma década. Bailey sempre negou a alegação.

Para basear sua decisão, a organização do Oscar informou que consultou membros, o comitê de administração, o subcomitê e avaliou a resposta do diretor de fotografia, a queixa e confirmações da versão do acusado. Uma consultoria externa com experiência na área de assédio também foi acionada, segundo a Academia, que ressaltou ter levado a alegação de abuso “muito a sério”.

DENÚNCIAS

A “Variety” havia divulgado que Bailey estava sob investigação não por uma, mas por “múltiplas” denúncias de assédio sexual. Ainda segundo a revista, um comitê criado pela Academia foi encarregado da apuração.

“Houve uma única queixa relacionada a um alegado encontro ocorrido há mais de uma década, no qual eu alegadamente teria tentado tocar uma mylher de forma inapropriada enquanto ambos estávamos sendo transportados em uma van no set de um filme”, defendeu-se Bailey, ao afirmar em comunicado interno que “nada disso aconteceu”.

Em outubro, em meio à onda de denúncias de assédio contra Weinstein, o presidente garantiu aos integrantes de Academia que investigaria casos semelhantes. Ele disse que a organização não desempenharia o papel de “corte da inquisição”, mas que apoiaria os “vulneráveis”.

 

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo