dias 15 e 16

ABERTO AO PÚBLICO: Município do Conde sedia o Jacumã Jazz Festival com Hermeto Pascoal e Hamilton de Holanda

“Esse festival surgiu do desejo de se fazer um evento dando visibilidade ao jazz. Levamos a proposta à prefeita de Conde, Márcia Lucena, que acolheu”, revelou a presidente da Funesc, Nézia Gomes

Um evento capaz de reunir amantes do jazz, da música instrumental e da cultura popular em um mesmo ambiente. Assim promete ser a primeira edição do Jacumã Jazz Festival, que acontece nos dias 15 e 16 de setembro, a partir das 17h, na Praça do Mar. Entre os destaques da programação estão Hermeto Pascoal e Hamilton de Holanda. O evento é uma realização da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, Prefeitura de Conde e Rádio Tabajara e o acesso é gratuito.

No sábado (15), a programação abre às 17h com o Coco Novo Quilombo. Em seguida, a banda Parahyba Ska Jazz Foundation se apresenta. A noite termina com show de Hermeto Pascoal.

No domingo (16), quem dá início ao festival é a Ciranda da Alegria. Em seguida, a banda Néctar do Groove (PB) sobe ao palco da Praça do Mar, em Jacumã. O encerramento da noite é com Hamilton de Holanda.

“Esse festival surgiu do desejo de se fazer um evento dando visibilidade ao jazz. Levamos a proposta à prefeita de Conde, Márcia Lucena, que acolheu”, revelou a presidente da Funesc, Nézia Gomes. Para ela, a proposta já nasce com possibilidade de se tornar um marco para a cidade e para a Funesc, podendo se tornar anual.

“Inicialmente, tínhamos pensado em realizar no Espaço Cultural, mas depois pensamos que esse tipo de festival seria ideal em um lugar mais aberto, em contato com a natureza. Por isso, escolhemos a recém-inaugurada Praça do Mar, em Jacumã. A proposta é reunir, junto com nomes nacionais e internacionais do jazz, a exemplo de Hermeto Pascoal, grupos locais que fazem o jazz na cidade e no Estado, como o Néctar do Groove e Parahyba Ska Jazz. Como estamos no Conde, quisemos acrescentar duas atrações que marquem a cultura do município – o coco e a ciranda de comunidades tradicionais”, diz Nézia Gomes.

Segundo o Gerente de Música do Espaço Cultural, Arthur Pessoa, o evento coloca a Paraíba no radar dos principais festivais de Jazz do Brasil, apresentando grandes nomes da música instrumental brasileira como Hermeto Pascoal e Hamilton de Holanda, músicos que representam a música nacional nos maiores e melhores festivais de jazz ao redor do mundo. “O festival também cumpre uma importante missão que é a de valorizar a produção musical paraibana com a presença de bandas como a Parahyba Ska Jazz que esteve recentemente em turnê pelo Canadá, além de grupo da cultura popular da região do Conde, como o Coco Novo Quilombo e Ciranda da Alegria”, complementa o músico.

Hermeto Pascoal & Grupo –  O alagoano de Lagoa da Canoa salta e dança no palco como se fosse um menino: multiinstrumentista, o mestre toca teclado, piano, flauta-baixo, escaleta, sanfona 8 baixos, porcos, chaleira, berrante e uma infinidade de instrumentos ao lado de seu lendário grupo, formação que mantém a mesma tradição desde os anos 70. Compositor compulsivo, compõe sem parar. Nos anos 90, para o projeto “Calendário do Som”, publicou uma música por dia que foram reunidas em um livro de 414 páginas lançando em 1999. Ao longo de sua carreira já lançou mais de 35 discos e participou de incontáveis gravações. Em 2007, Hermeto disponibilizou integralmente sua obra para gravação, dizendo “aproveitem bastante” aos músicos de todo o mundo. Reconhecido e adorado mundial-mente por seu papel na história da música brasileira, por seu talento como instrumentista, arranjador, improvisador e compositor, Hermeto criou conceitos como música universal, cifragem universal, música da aura, música dos ferros e método do corpo presente. Com carreira que se iniciou em 1950, em Recife, no início dos anos 70 já ganhava fama internacional ao participar do disco “Live-Evil” de Miles Davis; na ocasião, Miles disse que Hermeto era “o músico mais impressionante do mundo”.

Hermeto formou importantes grupos, entre eles o Quarteto Novo (1967) e o Brazilian Octopus (1969), além de ser reconhecido fora do país graças às apresentações e participações em grandes festivais, como o de Montreux (Suíça), em 1979, quando foi editado o álbum duplo Hermeto Pascoal Ao Vivo.

“O bruxo” ou “O mago”, como o chamam, é considerado por boa parte dos músicos um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Ao longo de sua carreira, Hermeto já adaptou muitos objetos como instrumentos musicais, como chaleiras, brinquedos de plástico, serrotes e latas, extraindo música boa de qualquer coisa. Compôs peças sinfônicas e excursiona frequentemente aos Estados Unidos e Europa, onde é muito popular. Em suas apresentações, o público é agraciado com grandes sucessos de sua carreira, além de improvisos em diversos instrumentos e objetos inusitados, de maneira interativa com a plateia.

Nesta turnê especial, o Grupo formado por Hermeto fica em evidência como uma espécie de “Nave Mãe” por onde passaram grandes instrumentistas da música brasileira, como Carlos Malta, Jovino Santos Neto, Nenê, Marcio Bahia, Vinicius Dorin, Heraldo do Monte, entre muitos outros. Atualmente, o Grupo é formado por Itiberê Zwarg (baixo), Jota P. (saxes e flautas), Fabio Pascoal (percussão), André Marques (piano) e Ajurinã Zwarg (bateria), além, é claro, de Hermeto Pascoal, o “campeão”!

Hamilton de Holanda – Trio formado por Hamilton de Holanda (Bandolim 10 cordas), Thiago da Serrinha (Percussão) e André Vasconcellos (Baixo acústico), É universal, comunicativo e Brasileiro. André Vasconcellos, é referência no contrabaixo brasileiro. Thiago da Serrinha, criado nos morros, carrega no sangue e no nome a tradição do “Jongo da Serrinha”. Hamilton, transgressor do Bandolim, libertou-o de suas influências e gêneros. No repertório, Hamilton apresenta as suas novas composições além de músicas de Chico Buarque, João Bosco e Baden Powell.

Virtuoso, brilhante e único são alguns dos adjetivos na vida deste músico que contagia plateias em turnês por todo o mundo, construindo uma carreira de inúmeros prêmios. Com técnica soberba e brasilidade absoluta, seja no palco ou no estúdio, Hamilton tira o fôlego de qualquer um com suas interpretações e performances cheias de emoção. Sua versatilidade lhe permite se apresentar com propriedade em qualquer formação.

Premiado no 26 Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Disco Instrumental, Hamilton de Holanda Trio tem caráter universal, comunicativo com qualquer plateia do mundo e com a essência 100% brasileira. É formado por Hamilton de Holanda (Bandolim 10 cordas), Thiago da Serrinha (Percussão) e André Vasconcellos (Baixo acústico), uma formação acústica que recria a intimidade e densidade de um show solo sem perder pressão e alegria características no trabalho do instrumentista.

André Vasconcellos, de familia musical, é referência no contrabaixo brasileiro, acompanha Hamilton desde longa data com quem construiu uma simbiose. Já o percussionista Thiago da Serrinha, criado nos morros cariocas, carrega no sangue e no nome a tradição do Jongo da Serrinha, manifestação cultural associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do samba carioca.

Hamilton, aos 39 anos e 34 anos de carreira profissional, começou a tocar aos 5 anos tido como um prodigio, aos 6 estava no Fantástico e hoje, pelo mundo, é um transgressor do Bandolim e criador da técnica de se tocar o 10 cordas, libertando o emblemático instrumento brasileiro do legado de algumas de suas influências e gêneros, apresentando uma nova linguagem artística.

Identifica-se nos solos deste brasiliense nascido no Rio de Janeiro a assinatura Hamilton de Holanda. Sua maneira de tocar, o aumento do número de cordas, a delicadeza de sua palhetada, aliados à velocidade de solos e improvisos, inspira uma nova geração e um novo som. Se é jazz, samba, rock, pop, lundu ou choro, pouco importa.

A busca de Hamilton não é simplesmente o novo, e sim uma música focada na beleza e espontaneidade. Diante dele, existe um novo mundo cheio de possibilidades. Seu norte é “Moderno é Tradição”, o importante não é o passado, nem o futuro, mas sim, a intercessão entre esses dois, exatamente onde se confundem, o momento presente, o “é” – aqui e agora.

No repertório, Hamilton apresenta as suas novas composições e alguns dos Caprichos – inspirados nos caprichos de Paganini – que foram compostos por ele para servirem de estudo ao Bandolim 10 cordas. Além de músicas de Chico Buarque e Baden Powell. Cada show é diferente pois o improviso e a interação com o público ditam a direção a ser tomada.

Parahyba Ska Jazz Foundation –  Criada em 2014, a Parahyba Ska Jazz Foundation surge através da busca de seus membros em fazerem algo diferente no cenário musical paraibano, bebendo da fonte Jamaicana do SKA e da essência do JAZZ. Com um naipe de metais cheio de frases fortes e uma cozinha consistente e marcante, o grupo instrumental se destaca também pelos improvisos que permeiam as músicas.

O grupo é formado por Francisco Vasconcelos na Bateria, Everton Cavalcante no Contrabaixo, Alysson Jorge na Guitarra, Lucas Dan no Teclado, Alysson Ramalho no Trompete, Gilbert de Castro no Sax Tenor e Álesson Rayf no Trombone. Em seu repertório estão músicas autorais e grandes clássicos, sempre realizando uma mistura dos ritmos jamaicanos e nordestinos com a pegada “ska-jazz”, o que resulta um som cheio de energia e vibração dançante que contagia o público durante seus shows.

Néctar do Groove –  Criado em 2006, o Néctar do Groove traz uma sonoridade que passeia por diversos estilos musicais  como o baião, afrobeat, salsa, samba, jongo e funk, tendo sempre o jazz como pano de fundo. Formado pelos músicos suíços Stephan Tomas (saxofone) e Peter Buller (percussão) e os paraibanos Victorama (bateria), Thiago Sombra (contrabaixo), Cristiano Oliveira (viola de dez cordas) e Marcelo Macedo (guitarra), o grupo lançou um disco homônimo em 2010, já se apresentou em importantes palcos, a exemplo do Sesc Instrumental (SP), e atualmente trabalha no próximo álbum.

O show do Néctar do Groove tem um conceito baseado em cinco elementos: água, fogo, terra, vento e alma, trazendo composições próprias cheias de modernidade mas com raízes vindas das diversas influências de seus integrantes. Temas pré-concebidos abrem espaço para improvisação e uma grande troca musical, que passeia por elementos da cultura afro e nordestina, sempre com uma forte veia jazzística, e apresenta tanto solos de sax ao estilo bebop como acordes da viola de dez cordas (viola caipira). O grupo apresenta sempre um show dançante, fazendo o público se movimentar bastante com um espetáculo de improvisação e cores em forma de som.

 

Serviço: Jacumã Jazz Festival

Realização FUNESC em parceria com a prefeitura de Conde e Rádio Tabajara

Local: Praça do Mar (orla de da praia de Jacumã)

Horário: a partir das 17h

Acesso gratuito

 

Programação:

15.09

– Coco Novo Quilombo

– Parahyba Ska Jazz Foundation

– Hermeto Pascoal

 

16.09

– Ciranda da Alegria

– Nectar do Groove

– Hamilton de Holanda

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria