De passagem por Goiânia (GO), nesta sexta-feira (21), Ciro Gomes abespinhou-se com um suposto militante do rival Jair Bolsonaro. A confusão ocorreu no instante em que Ciro discursava contra a ”cultura do ódio” num ato político. Ao perceber a presença do que lhe pareceu ser um infiltrado, o candidato do PDT mudou o rumo da prosa.

“O que é isso aí? Uma camiseta?”, indagou Ciro, referindo-se à peça retirada do invasor —uma camiseta com o desenho de mãos e o número do partido de Bolsonaro, 17. Ciro pediu paciência aos seus partidários. Responsabilizou Bolsonaro pelo incidente.

“Olha o que é a cultura de ódio. Um bobinho, que não tem culpa de nada, acabou de criar uma confusão trazendo uma camisa do adversário aqui dentro. Por quê? Porque por ele, fanático como é, que nem o doido que enfiou a faca nele, acha que política deve resolvida assim. Tenham paciência com ele. Tenham paciência com ele. Ele não é culpado de nada. Ele é só vítima desse nazista filho da puta que nós vamos derrotar.”

Antes do entrevero, informa notícia veiculada no site de O Globo, Ciro alfinetou Bolsonaro. Disse que “revolta sem projeto é só ódio”. Reconheceu o óbvio: “A população de hoje está revoltada”. Considerou a raiva do povo compreensível, “diante desse desmantelo desse desmantelo socioeconômico”.

Ciro declarou: “A notícia que vem é de roubalheira, de privilégio, de molecagem, de falta de autoridade para enfrentar o banditismo, de enfrentar com dureza o crime organizado. Mas eu quero dizer a esse povo: revolta sem projeto; revolta sem rumo; revolta sem ideia é só ódio. Revolta sem projeto, é só violência.”

Após condenar o ódio, Ciro permitiu que sua língua o traísse mais uma vez, reagindo à provocação com… ódio.