descriminalização da maconha

Candidato ao senado pelo PSOL, Nelson Junior defende descriminalização da maconha

O candidato ao Senado Federal, Professor Nelson Junior (PSOL), foi o 5º a ser sabatinado na rodada de entrevistas realizada pelo programa Correio Debate, da 98 FM/Correio Sat. Um dos assuntos discutidos foi a descriminalização da maconha e Nelson foi bem claro no tema: é a favor.

Descriminalização da maconha. “Temos no Brasil uma situação complicada. Tem o uso do cannabis para tratamento medicinal, e tem a comprovação da eficiência inclusive em casos de epilepsia e é importante ter o reconhecimento nacional disso. Eu sou favorável ao uso da cannabis para fins medicinais, o Congresso deve regularizar. Deve discutir também a descriminalização do uso da maconha. O que acontece é que o comércio da maconha é financiado por setores que financiam o crime e isso acaba estimulando o crescimento da criminalidade. Aí você permite o controle e permite cobrar o imposto. Mas esse é um assunto que muita gente só tem coragem de falar quando está fora do poder. É um discussão importante, mas as pessoas devem opinar, deve haver uma consulta popular, um plebiscito”.

Educação como responsabilidade da família. “A educação é obrigação do estado, que deve possibilitar para que a população tenha acesso a educação. Nos países civilizados as pessoas confiam a educação de seus filhos à estrutura pública. Se a escola está doutrinando as pessoas é mais uma falácia. Tem professores mais liberais, mais da esquerda, mas você negar aos estudantes o direito do contraditório não pode. Eu sou professor e digo para meus alunos minha opinião e mando eles pesquisarem e verem outras opiniões. Lá é o espaço da opinião contraditória. Agora, educação doméstica sim é em casa, mas a visão de sociedade deve ser discutida com outro, para quando você for adulto não ser preconceituoso. Você entender que um colega pensa diferente de você e vai entender que o mundo é uma diversidade. Quando for se colocar na sociedade vai ser uma pessoa saudável”.

Educação. “É necessário que ser fortaleça o ensino público, o ensino fundamental, o médio e o superior. A política de cotas, você tem a UEPB onde 50% é vindo da escola pública, muitos dizem que dá trabalho quando entra por cota, mas não tem, eles mantêm o nível, eles são os melhores alunos naquilo que eles viviam. Claro que precisamos fortalecer a educação básica, precisamos pensar um sistema nacional de educação onde quem estuda em Olho D´Água tenha a mesma oportunidade de quem estudo em Curitiba. Educação em tempo integral eu defendo, mas tem que ser fortalecida para as crianças tenha um turno com outras atividades que são importantes para sua vida. É importante que o professor seja com dedicação exclusiva para ele pensar melhor essa educação é preciso melhorar o piso dos professores para que eles tenham 20 horas na sala de aula e 20 com planejamento e orientação de alunos”.

Autonomia da UEPB. “Respeito as regras numa sociedade democrática. Não é uma maioria parlamentar que ele vai usar para descumprir as regras e o que temos visto é isso. Enquanto existir a lei é necessário cumprir, mas na UEPB temos o descumprimento da autonomia, na UEPB temos 3 mil alunos a menos que não entraram por falta de recursos, isso é gravíssimo. é fruto da dificuldade da capacidade de diálogo com o governo. Sempre colocamos a necessidade de sentar e discutir, se for eleito não vou me esconder atrás de cargos para votar como o governo quer. O governador diz que paga o piso, mas não paga. Vou estar ao lado dos técnicos e alunos da UEPB, que está presente em oito cidades, que são pólos e se o Governo do Estado continuar na linha que vai, daqui a dois anos vão começar a fechar Campus da UEPB. Essa universidade tem muita produção, em Catolé do Rocha se produz uva por conta de pesquisa da UEPB”.

Privilégios. “Precisamos pensar o Brasil daqui para frente. Antes de tudo precisamos anular as reformas feitas por Temer. Como vamos fortalecer a educação básica se temos por 20 anos de contenção dos repasses de recursos públicos? É impossível! Como pode pensar um hospital que você comprou uma máquina de um milhão esse ano e você quer que no outro ano o equipamento já subiu o preço com os mesmos recursos? Mas pelo projeto do governo Temer isso é impossível”.

Luta contra a corrupção. “Lula, até o presente momento, está preso, mas as provas são inexistentes. A prisão dele é em cima de concepções e opiniões de juízes. Houve corrupção no governo do PT, mas Lula não tem culpa, até que se prove o contrário”.

Fonte: Portal Correio
Créditos: Portal Correio