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Ao lado da mulher, Haddad fecha campanha atacando Bolsonaro por fake news

Acompanhado na maior parte dos 33 minutos de transmissão pela mulher, Ana Estela, o candidato petista voltou a associar Bolsonaro a notícias falsas que têm circulado em redes sociais e no WhatsApp

Em seu último ato de campanha no primeiro turno das eleições, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, atacou seu principal concorrente, Jair Bolsonaro (PSL), em uma transmissão ao vivo por redes sociais feita no começo da noite deste sábado (6).

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto, sempre seguido por Haddad. Caso os cenários mais recentes se confirmem nas urnas neste domingo (7), os dois vão fazer o segundo turno.

Acompanhado na maior parte dos 33 minutos de transmissão pela mulher, Ana Estela, o candidato petista voltou a associar Bolsonaro a notícias falsas que têm circulado em redes sociais e no WhatsApp.

“É um absurdo você promover, ficar mentindo pela internet. O que você ganha fazendo isso?”, disse Haddad. “Estou falando para o meu adversário, que está promovendo isso, gastando milhões de reais promovendo notícias falsas. Isso custa dinheiro”.

Na quarta (3), à revista “piauí”, a campanha de Bolsonaro disse que o conteúdo falso teria sido produzido pela própria campanha de Haddad.

Durante a transmissão, o petista mencionou uma decisão de hoje do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que ordenou a retirada de 35 conteúdos falsos ou ofensivos a ele ou sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB).

“Se fosse verdade o que está circulando na internet, a Justiça não derrubava”, disse Haddad.

Bolsonaro seria pior que Temer, diz Haddad

O candidato do PT voltou à carga contra Bolsonaro ao dizer que o adversário faria a população sentir falta do governo de Michel Temer (MDB) — o mais impopular desde a redemocratização.

“Existe um outro projeto, o do Bolsonaro, que vai fazer você sentir saudades do governo Temer, por incrível que isso possa parecer. Se o governo Temer é ruim, isso não quer dizer que não possa piorar”, afirmou. “Cortando o seu direito, as coisas vão piorar, não vão melhorar.”

Haddad disse ter condições de derrotar “sobretudo o que significa o deputado Bolsonaro”, associando-o a “retrocesso”. Segundo o petista, Bolsonaro representa o contrário do que acredita.

“Não acredito na violência, não acredito na ditadura, não acredito na falta de liberdade, no desrespeito às mulheres, aos negros, à comunidade LGBT. Nada disso funciona no mundo desenvolvido. O que funciona é oposto disso”, afirmou.

Ana Estela, por sua vez, assumiu o ataque a Bolsonaro por conta de declarações dadas pelo candidato do PSL sobre mulheres.

“A gente não precisa é de algum candidato que tem coragem de falar das mulheres como ele. Isso é inadmissível, é inaceitável, isso tem que ser repudiado por todas as mulheres”, disse.

A transmissão ao vivo foi feita de dentro da residência de Haddad, em São Paulo. Além de Bolsonaro, o candidato falou de propostas para geração de empregos e de sua vida pessoal, enaltecendo a história de sua família e de seu casamento de 30 anos com Ana Estela.

Em determinado momento, Haddad apontou para um retrato na parede de seu avô, segundo ele “um líder religioso no Líbano que é respeitado até hoje”.

As menções a família e religião não foram por acaso. Esta semana, o petista disse que a campanha de Bolsonaro espalhava notícias falsas contra sua família, e que o conteúdo estaria sendo direcionado ao eleitorado evangélico.

A campanha de Haddad iniciou nesta semana um contra-ataque com o objetivo de conter mensagens que circulam no WhatsApp e nas redes sociais contra o petista, várias delas comprovadamente falsas.

Em paralelo, começaram a circular mais intensamente ao longo dos últimos dias, entre a militância petista, conteúdos críticos a Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão (PRTB). A autoria do material é desconhecida.

Fonte: Uol
Créditos: Uol