Eleições 2018

Além de Roger Waters: 15 artistas internacionais que se manifestaram contra Bolsonaro; veja

Roger Waters, ex-Pink Floyd, causou controvérsia esta semana em São Paulo ao projetar no telão de seu show no Allianz Parque a hashtag da campanha popular #EleNão, contra a eleição do candidato Jair Bolsonaro (PSL). O cantor também incluiu o nome do presidenciável em uma lista de líderes políticos considerados protagonistas do chamado “neofascismo”, tais como os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, a líder nacionalista francesa Marine Le Pen, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

O posicionamento de Waters contra o candidato, que disputará o segundo turno com Fernando Haddad (PT) no próximo dia 28 de outubro, pegou de surpresa alguns milhares de fãs. No entanto, ele não é nem de longe único entre artistas e celebridades internacionais. Nas últimas semanas, diversos expoentes do showbizz usaram as redes sociais para se manifestar contra Bolsonaro e alertar seus fãs brasileiros sobre o retrocesso que a figura do ex-capitão do Exército pode representar para o País.

Veja a seguir 15 personalidades do mundo do entretenimento que se posicionaram contra o candidato do PSL à Presidência.

Madonna

Madonna se posicionou contra Bolsonaro por meio de seu perfil no Instagram. Usando a ferramenta Instagram Stories, a rainha do pop compartilhou uma imagem na qual aparecia com a boca vedada por uma fita com a inscrição freedom (liberdade). A hashtag #EleNão aparecia no topo da imagem junto com as frases: “Ele não vai nos desvalorizar. Ele não vai nos oprimir. Ele não vai nos calar”. Além disso, era possível ler uma segunda hashtag: #endfascism (fim do fascismo).

Cher
 
Ícone da comunidade LGBT em todo o mundo – e estrela do filme Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo -, Cher aderiu à campanha contra Bolsonaro via Twitter. No fim de setembro, a diva pop replicou em seu perfil oficial uma mensagem de um fã clube brasileiro que dizia: “Triste que o Brasil está enfrentando o seu próprio Trump. Um candidato homofóbico e racista está liderando as campanhas. Significaria muito se todos nós pudéssemos compartilhar esse #EleNão para apoiar isso”.

Diplo, produtor e DJ

Parceiro de Anitta e Pabllo Vittar no hit Sua Cara, o dj e produtor norte-americano Diplo manifestou apoio à campanha #EleNão compartilhando em seu perfil oficial no Twitter uma imagem com a hashtag. O tweet acumula mais de 65 mil curtidas.

Dua Lipa, cantora

Dua Lipa foi uma das primeiras celebridades internacionais a aderir a campanha #EleNão contra presidenciável Jair Bolsonaro. No Twitter, a cantora inglesa postou a hashtag acompanhada de um comentário de Peter Meiszner, editor do jornal The New York Times que compara o candidato do PSL a Donald Trump. “E você achava que Trump era ruim: ‘ele disse que preferia que seu filho morresse a ser gay. E, na frente das câmeras, ele disse a uma congressista que não a estupraria porque ela é feia’. O Brasil flerta com um retorno aos dias sombrios”, consta no tweet.

Antoni Porowski, integrante do Queer Eye

Integrante do programa da Netflix Queer Eye, o chef Antoni Porowski compartilhou em seu Twitter a hashtag #EleNão acompanhada das palavras de incentivo: “Permaneçam fortes, Brasil”.

Stephen Fry, escritor, comediante e cineasta
 

Stephen Fry entrevistou Bolsonaro há 5 anos para seu documentário Out There, que trata sobre o avanço da homofobia no mundo. A produção foi exibida pela BBC, no Reino Unido. Em declarações à imprensa, o cineasta descreve o encontro como um dos “mais sinistros” que já teve com um ser humano. Em setembro passado, antes do primeiro turno das eleições, Fry enviou um depoimento em vídeo ao BuzzFeed News Brasil no qual se posiciona mais uma vez contra o presidenciável. “As declarações dele, o discurso que usa contra negros, mulheres e claro a comunidade LGBTQ em particular é genuinamente aterrorizante”, disse Fry. “E vai resultar em mais cabeças quebradas nas calçadas, mais sangue derramado, mais mortes, mais infelicidade, menos aceitação, mais pais chorando. E isso não pode estar certo.”

Dan Reynolds, vocalista da banda Imagine 

Dan Reynolds e sua banda Imagine Dragons foram uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil, realizado em São Paulo no início do ano. Em setembro, o músico se posicionou contra Bolsonaro compartilhando no Twitter um artigo do jornal The New York Times sobre o candidato do PSL junto com o comentário: “Isso não representa o Brasil que eu conheço e amo”. Dias depois, Reynolds usou uma camiseta com os dizeres da campanha #EleNão nos bastidores do festival de música iHeartRadio, realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Ellen Page, atriz, diretora e produtora

A atriz e ativista Ellen Page (Juno, A Origem, Menina Má.Com) entrevistou Bolsonaro em 2015 para a série documental Gaycation, que abordou em sua passagem pelo Brasil o grave problema da homofobia. “Bolsonaro é um político com grande poder e influência. E é devastador saber que uma pessoa com tanta influência tem tanto desdém pela comunidade gay”, disse a atriz após o lançamento da produção, hoje disponível na plataforma Hulu. Há poucos dias, Page aderiu à campanha #EleNão. Em seu perfil no Instagram, a atriz compartilhou uma mensagem de alerta aos seus seguidores: “ele é um homem perigoso, homofóbico, racista e misógino que atualmente lidera a corrida presidencial no Brasil”.

Indya Moore, atriz e modelo trans

Uma das estrelas de Pose – a série de TV com o maior elenco trans da história -, Indya Moore também endossou a campanha internacional contra Bolsonaro. Ela compartilhou no Twitter a imagem que se tornou símbolo da campanha juntamente com o apelo: “Brasil! Não vote no Bolsonaro! Ele é anti-LGBTQ e misógino. Ele está manipulando as massas para criminalizar e discriminar as pessoas por não serem cis/hétero. Proteja suas famílias inocentes, amigos e entes queridos, do dano capital existencial desnecessário”.

Shangela, drag queen

Antes do primeiro turno da eleição presidencial, a drag queen americana Shangela compartilhou no Twitter uma imagem com a hashtag #EleNão acompanhada de uma mensagem destinada aos brasileiros. “Para todos os meus fãs no Brasil… É importante se envolver e fazer sua voz ser ouvida. Faça questão de votar na próxima eleição presidencial e lutar por igualdade, respeito e amor. Amo todos vocês”, escreveu a drag que foi3 vezes participante do talent show RuPaul’s Drag Race

Alfonso Herrera, ator e cantor

Ator e cantor mexicano, ex-integrante do grupo RBD e estrela das séries Sense8 e The Exorcist, Alfonso Herrera usou o Twitter no último domingo (7), dia do primeiro turno da eleição presidencial, para fazer um apelo aos fãs brasileiros: “Brasil, última chamada… Depois não como voltar atrás”, escreveu o artista. A mensagem acompanhava um vídeo feito pela sucursal americana do jornal El País, que compilava momentos “polêmicos” do candidato na abordagem de questões ligadas a minorias políticas. Esta foi a segunda vez que Herrera usou seu Twitter para se pronunciar sobre Bolsonaro. Em setembro, o ator compartilhou um artigo da revista The Economist junto com a afirmação “nova ameaça à América Latina”.

Édgar Ramírez, ator

O ator venezuelano Édgar Ramírez, da premiada minissérie American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace, compartilhou em seu perfil no Instagram uma imagem com a hashtag da campanha contra Bolsonaro e a legenda: “Unidos contra a misoginia, o racismo e a homofobia em qualquer lugar onde isso queira se estabelecer. O Brasil resiste”.

Madeline Brewer, atriz
 

Madeline Brewer já fez parte do elenco de Orange Is The New Black e atualmente pode ser vista na série The Handmaid’s Taile. Junto com um artigo do jornal The New York Times (o mesmo que foi replicado por Dan Reynolds), a atriz postou no Twitter uma mensagem de apoio aos brasileiros. “Todo meu amor ao Brasil e força para vocês na sua luta.”

Tom Morello, guitarrista da banda Rage Against the Machine

MIGUEL RIOPA VIA GETTY IMAGES

Após show realizado em São Paulo, o ex-guitarrista do Rage Against the Machine e do Audioslave usou seu perfil no Twitter para agradecer a “multidão incrível” e aderir à hashtag #EleNão. No mesmo tweet, o músico também pediu “Justiça para Marielle”, referindo-se ao caso ainda não solucionado da vereadora assassinada no Rio, em março deste ano.

John Oliver, apresentador de TV
 

John Oliver, comediante e apresentador do Last Week Tonight (HBO) – vencedor do Emmy 2018 de Melhor Programa Televisivo -, classificou Bolsonaro como “Trump Brasileiro” e fez críticas ao candidato do PSL durante quase 20 minutos do programa exibido no último domingo (7), mesmo dia da eleição no Brasil. “A coisa mais legal que posso falar dele é que ele não foi implicado em um caso de corrupção. Ainda. Infelizmente, isso é a única coisa legal que posso falar dele, porque ele é um ser humano terrível”, disse o apresentador.

LEIA MAIS

Fonte: huffpostbrasil
Créditos: –