Ás escuras

Vereadores da situação de Sapé desrespeitam luto e elegem novo presidente em sessão a portas fechadas

À surdina! Uma eleição às escuras que elegeu Luiz Limeira (Luizinho), sobrinho do prefeito, como novo presidente da Câmara Municipal de Sapé está sendo contestada pelos vereadores de oposição.  A justiça deverá ser acionada para anular a sessão realizada nesta terça-feira (2) que, segundo parlamentares, é ilegal e fere o regimento da casa e também o decreto de luto oficial de 15 dias.

À surdina! Uma eleição às escuras que elegeu Luiz Limeira (Luizinho), sobrinho do prefeito, como novo presidente da Câmara Municipal de Sapé está sendo contestada pelos vereadores de oposição.  A justiça deverá ser acionada para anular a sessão realizada nesta terça-feira (2) que, segundo parlamentares, é ilegal e fere o regimento da casa e também o decreto de luto oficial de 15 dias.

No dia 21 de setembro, o presidente da Câmara de Vereadores de Sapé, John Mickeul Rocha (PSDB), morreu em um acidente trágico. Após a morte do parlamentar e com a vacância do cargo, o vice-presidente assumiu e decretou 15 dias de luto. De acordo com o regimento, uma nova eleição deveria ser convocada pelo presidente em exercício no prazo de 15 dias para eleger o presidente do legislativo municipal. Porém, os vereadores da base do prefeito passaram por cima do regimente e ignoraram o decreto de luto.

“Não houve o comunicado dessa reunião, não comunicaram aos vereadores da oposição, não houve sessão e sim uma reunião onde foi eleito um presidente na surdina. Vamos acionar a justiça ainda hoje contra esse ato que fere o regimento e desrespeita o luto oficial da Casa”, disse o presidente em exercício, Wilson Cavalcante.

Segundo o regimento da Casa, a eleição para a escola de uma nova mesa diretora deve ocorrer 72 horas depois da última sessão ordinária e todos os vereadores (oposição e situação) devem ser comunicados, fato que não ocorreu, pois a sessão de ontem só contou com os vereadores da situação.

Vereadores da oposição garantem que a eleição é ilegal porque as sessões da Câmara estão suspensas por 15 dias em luto pela morte de John Rocha. Sendo assim, a escolha da nova mesa não poderia acontecer.

A oposição disse que os parlamentares aproveitaram o momento em que funcionários da limpeza abriam o prédio da Câmara e entrarem. Eles foram para o gabinete de um dos vereadores, fizeram uma reunião e logo depois houve a eleição.

A assessoria jurídica da Câmara foi acionada e deve comunicar o caso à Justiça para que anule a votação irregular.

Fonte: Litoral PB
Créditos: Litoral PB