NU ARTÍSTICO

Servidora de Câmara Municipal faz ensaio sensual e é exonerada; VEJA FOTOS

A demissão foi publicada em diário oficial na terça-feira (20)

A jovem Niuara Jéssica Artiaga Silva, de 29 anos, diz ter sido exonerada da Câmara de Vereadores de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, após participar de um ensaio fotográfico. A assessora de gabinete publicou um relato nas redes sociais nesta quarta-feira (21) e revela ter passado situações constrangedoras depois que parte do ensaio foi divulgado na internet.

No dia 16 de fevereiro foi assinado o ato de exoneração de Niuara. Dois dias depois que o fotógrafo responsável pelo ensaio divulgou uma das fotos. A demissão foi publicada em diário oficial na terça-feira (20).

A jovem escreveu que tinha consciência dos possíveis assédios que viriam com a publicação do ensaio, mas que saberia lidar com a situação. Niuara disse ainda que tem recebido mensagens “inconvenientes” e “ofensivas”.

“Só quero esclarecer que realizei um trabalho artístico para as lentes de um profissional. E venho informar que não sou garota de programa, como tem gente imaginando, apenas ter feito esse ensaio”, escreveu na rede social.

A reportagem tentou entrar em contato com a Câmara de Cáceres mas não obteve retorno.

Em seu Instagram, a jovem postou:

niuaraartiaga Galera venho aqui expor uma situação constrangedora que venho passando em relação de ter realizado um ensaio fotográfico de Nu Artístico Feminino. Primeiro que fui exonerada do meu trabalho por ter feito o ensaio fotográfico. Segundo eu tinha consciência dos possíveis assédios e comentários in Box e eu sempre soube lidar com isso em razão de ter minha vida sempre exposta e com fotos diversificadas nas redes sociais. No entanto tem muito “Homem” sendo incoveniente e ofensivo querendo saber valores pra eu me sujeitar a uma saidinha, passeio, ou o famoso PG e até a compra das fotos!! Só quero esclarecer que realizei um trabalho artístico para as lentes de um profissional que visou divulgação do teu trabalho enquanto fotógrafo, sem abono ou presentinhos por isso. 
E venho informar que NÃO SOU GAROTA DE PROGRAMA como tem gente imaginando apenas por eu ter feito esse ensaio fotográfico.
Esse tipo de atitude infelizmente é uma consequência do machismo da nossa sociedade, que naturalizada a ideia de que mulheres estão sempre disponíveis e interessadas pelo ato sexual e ainda são consideradas vulgares.
Eu, enquanto MULHER, historiadora e assistente social devo sim levantar a voz contra o assédio sexual no contexto das redes sociais, e já informo as mulheres e homens que isso não tem nada haver com moralismo, e sim com o respeito. Por isso digo: mulheres não se sintam acuadas e intimidadas em fazer o que sente vontade ou para recusar um avanço sexual — seja ele ao vivo ou pelas redes sociais.

E tem mais: cantada invasiva pode ser considerada uma contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, definida pelo artigo 61 da Lei de Contravenções Penais (Lei nº 3688/41)

#SouMulherãoDaPorra 

 

Fonte: Portal T5
Créditos: Portal T5